Paz e Bem!
Na última semana, recordamos duas datas importantes. A primeira foi no dia 15 de outubro, quando fomos chamados a olhar com mais atenção à higiene das mãos, foi o Dia Mundial de Lavar as Mãos. Já no dia seguinte, 17 de outubro, o tema da defesa de uma alimentação saudável nos fez refletir a importância de colaborar com a alimentação de muitas pessoas, principalmente daquelas que nada tem para comer.
Como hoje é quinta-feira, dia de #tbt, vamos relembrar uma fala do Guardião do Convento, na ocasião de celebração dessas duas datas, no entanto, no ano passado.
Gestos simples, como uma lavagem correta das mãos, podem proporcionar benefícios grandiosos. Ao lavar as mãos, evitamos o contágio de diversas doenças, como a diarreia, gripe, Influenzas, a covid-19 e muitos outros males podem ser evitados.
Ao recordar essas situações, Frei Paulo Roberto Pereira, refletiu a triste realidade de pessoas que infelizmente vivem nas ruas. “A gente orienta: lave as mãos! Fique em casa! E aquele mundo de pobres que não têm água em casa? Aliás, aqueles tantos sem-teto que vivem por aí? Vejam a face cruel da organização da nossa sociedade. Há muitas pessoas que são privadas do mínimo, do básico, do elementar… Água nas torneiras, para lavar as mãos, por exemplo. E teto… ‘Fique em casa’ e milhares de pessoas que vivem no desabrigo. É preciso reverter isso e nosso esforço para reversão desse quadro. Que haja solidariedade, caridade, empatia. Que nós nos associemos às pessoas que querem empenhar-se na reversão desse quadro. Haja casa para todos! A moradia é um direito inalienável”, afirmou o Guardião do Convento.
Frei Paulo Roberto lembrou ainda o Dia Mundial de Defesa da Alimentação Saudável. “No mundo inteiro, apesar de crescer a produção de alimentos, cresce igualmente o número de famintos. Um bilhão de pessoas no mundo passa fome. Infelizmente, no Brasil estamos voltando a esta realidade. Uma concentração grande na mão de poucas pessoas e muitas pessoas passando fome… Bem pertinho de nós tem gente que daria a vida pelo prato de comida que às vezes a gente despreza”, comentou.
Hoje, um ano depois da fala do Guardião, a situação piorou. A fome aumentou, o desemprego atingiu índices alarmantes, a insegurança alimentar cresceu assustadoramente e milhares, milhões de irmãos e irmãs hoje vivem o drama da fome. Vítimas de uma política excludente, que privilegia apenas os ricos e grandes empresários, que menospreza o pobre. O Brasil vive hoje o pior capítulo de sua história. Muitos comem ossos, quando esses sobram…
Por essas e outras circunstâncias, a Arquidiocese de Vitória, por meio do Vicariato para Ação Social, Política e Ecumênica, realiza a Campanha Paz e Pão. Trata-se de uma Campanha Permanente contra a Fome e pela Inclusão Social busca a transformação dessa triste realidade e da prática de auxiliar os mais necessitados em suas diversas situações sociais ou financeiras, não apenas no período da pandemia, mas uma meta a ser alcançada a longo prazo.
Desde 2018 a Arquidiocese organiza a campanha permanente alicerçada em três eixos. Ao todo, as 6 Áreas Pastorais da Arquidiocese (que alcançam 15 municípios), 90 Paróquias e 1022 Comunidades, além de várias pastorais, grupos de voluntários e comissões, são contempladas com a campanha. Tem, portanto, muita capilaridade e proximidade das comunidades e dos seus fiéis, chegando aos mais diferentes territórios da região, sobretudo nas áreas de maior vulnerabilidade.
É importante lembrar que a campanha se faz pontual, com alguns eventos e ações que arrecadam mantimentos, no entanto, é permanente, ou seja, as doações podem ser durante um ano. O Padre explica como ser um colaborador mensal.