#TBT | Frei Djalmo pede a proteção de Maria para aqueles que sofrem no corpo e no espírito

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Paz e Bem

Toda quinta-feira é dia de #tbt, dia de recordar momentos especiais que ficaram na história do Convento. Hoje vamos recordar o 7º dia do Oitavário da 450ª Festa da Penha, no dia 18/04/2020. O então pároco da Paróquia do Rosário (e hoje Guardião do Convento da Penha), Frei Djalmo Fuck, presidiu a Celebração Eucarística no Convento. Ele teve como concelebrantes os frades das Fraternidades do Convento da Penha e do Santuário Divino Espírito Santo, que pertencem a esta Província Franciscana da Imaculada Conceição.

Aquela edição da Festa, aconteceu virtualmente por causa da pandemia do novo coronavírus, foi transmitida pelas redes sociais do Convento e pelo site G1/ES e trouxe como tema “Todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1,48). Frei Pedro Oliveira fez a acolhida e destacou a sétima e última alegria de Nossa Senhora: a sua Assunção de Maria ao céu em corpo e alma.

“O céu se veste de festa para receber a Mãe do Salvador. Tendo sido serva do Senhor na terra, Maria é coroada Rainha do Céu. Sua caminhada de fidelidade preparou para ela lugar de honra junto ao trono de Deus. Os anjos a coroam no céu porque sua vida já havia sido coroada na terra por sua disponibilidade ao serviço de Deus, por seu sim à missão de ser a Mãe do Salvador”, ressaltou Frei Djalmo.

Segundo ele, a Senhora da Assunção, a Virgem da Penha, a Senhora das Alegrias, e tantos outros títulos que podemos devidamente atribuir a Maria, são sempre a Virgem de Nazaré, a Mãe de Jesus e nossa. “Mãe que amamentou Jesus, que ensinou os primeiros passos, que ensinou a balbuciar as primeiras palavras da língua hebraica, a participação assídua na sinagoga, sobretudo nas grandes festas do povo, especialmente a participação na festa da Páscoa”, lembrou o celebrante.

Segundo ele, Maria é a mãe atenta, mãe exigente, mãe amorosa, mãe preocupada com o futuro de seu filho, assim como tantas e tantas mães. “É próprio do coração de mãe cuidar, proteger, se preocupar, alimentar, educar”, acrescentou.

Frei Djalmo explicou que desde o nascimento da Igreja, o povo santo fiel de Deus expressa com alegria a sua veneração à Virgem Mãe e o faz na liturgia comum e nas grandes festas. “E também com diferentes formas de piedade, realizando a profecia de Maria sobre si mesma: ‘Todas as gerações me chamarão de bem-aventurada, porque o Senhor elevou sua humildade serva’. É esta Mãe que é elevada ao céu, que se torna modelo para cada um de nós. Mãe com os olhos voltados para o céu. Mãe com os pés fincado na história. Ela é Maria de José, como nos lembra a bela a canção que muitas vezes entoamos em nossas comunidades, em nossas casas e neste Convento.

Singela doce e pura, Maria de José,

Mãe terna e escolhida, és a mãe leal da fé.

Seu nome é Maria de Deus.

Maria santa e fiel, ensina-nos a viver como escolhidos.

Olhos voltados para o céu e por Ele construir a nova vida.

Mãe da obediência, da graça e do amor.

Seu nome é Maria de Deus.

Maria santa e fiel, ensina-nos a viver como escolhidos.

Olhos voltados para o céu e por Ele construir a nova vida.

Frei Djalmo citou o Papa Francisco, que nos recorda acerca da assunção de Maria que o céu é a nossa meta e não as pequenezas da vida. “É preciso olhar para as alturas. Quanta mesquinhez na vida, quanta baixeza! Maria, a Senhora da Assunção, nos convida a olhar para as grandes coisas que o Senhor realizou nela. As grandes coisas são evocadas pelo verbo engrandecer. De falto, engrandecer significa exaltar uma realidade pela sua grandeza”, observou.

“Maria exalta a grandeza do Senhor. Na vida, o que realmente importa são as coisas grandes. É o que não passa: o amor, a justiça, a partilha, o cuidado com a família, com as nossas crianças, com nossos idosos, nossas comunidades de fé. Do contrário, perdemos tempo, muitas vezes, com aquilo que não importa e aquilo que nos apequena na vida. Nós deixamos o essencial e voltamos os nossos olhos para supérfluo e para o acessório”, questionou.

Para o celebrante, Maria ensina que, se quisermos que a nossa vida seja feliz e verdadeira, Deus deve ser colocado em primeiro lugar, porque somente ele é grande. “Quantas vezes, ao invés de buscar o Senhor, vivemos buscando coisas de pouco de valor. As coisas rasteiras da vida: o preconceito, as rivalidades, as amarguras, invejas, ilusões, bens materiais supérfluos”, interpelou.

“Maria, hoje, nos convida a elevar o olhar para as grandes coisas que o Senhor realizou nela e também em nós. Em cada um de nós, o Senhor realiza grandes coisas. É preciso reconhecê-las e exultar a Deus dispensador de todos os bens. Que Nossa Senhora da Penha, a Virgem das Alegrias, a Senhora da Assunção, a Senhora Consoladora dos Aflitos esteja ao nosso lado, nas angústias e nos tormentos daqueles, que em muitas partes do mundo, neste instante, sofrem no corpo e no espírito”, pediu.

O então Guardião do Convento da Penha (e hoje Ministro Provincial), Frei Paulo Roberto Pereira, agradeceu a Frei Djalmo pela celebração.

A festa da Penha é fruto de uma semente lançada por Frei Pedro Palácios em 1558, quando chegou ao Brasil com os colonizadores portugueses e desembarcou nas terras capixabas. O frade espanhol trouxe na sua bagagem um painel de Nossa Senhora das 7 Alegrias, que foi colocado numa gruta e deu origem à devoção franciscana que vem até hoje. Ao longo do tempo, essa devoção cresceu e foi construído o Santuário para a Mãe de Deus no ponto mais alto do penhasco. Desde então, romeiros visitam o Convento durante todo o ano.

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