Paz e Bem.
Certamente muitas pessoas se acostumaram a reunir a família ao redor da mesa ou na sala de estar, para o louvor e a prece das famílias à Nossa Senhora das Alegrias, a Mãe da Penha. Esse hábito se tornou tão comum que criamos um bordão: Toda Terça Tem Terço em Família. É um encontro de fé e de esperança.
Através do Santo Terço, somos levamos a meditar os mistérios da vida, paixão, morte e Ressurreição de Jesus. É também pelas contas do Rosário que meditamos as alegrias de Maria. Mas não se trata no rosário convencional, não exatamente, mas sim a meditação da Coroa das Sete Alegrias de Nossa Senhora, ou “Rosário Franciscano” como é conhecido, nele refletimos os mistérios da Encarnação a partir da vida de Maria, a Mãe de Deus e de toda a Igreja. Os ensinamentos da Virgem Maria e seu modo de viver são sinais do amor do próprio Senhor.
O costume franciscano destaca sete momentos em que o coração de Nossa Senhora se enche da mais pura alegria, esses momentos são as Sete Alegrias de Maria. Na história, em 1442, no tempo de São Bernardino de Siena, se difundiu a notícia de uma aparição da Virgem a um noviço franciscano. Este, desde pequeno, tinha o costume de oferecer à bem-aventurada Virgem uma coroa de rosas. Quando ingressou entre os Irmãos Menores, sua maior dor foi a de não poder seguir oferecendo à Santíssima Virgem esta oferenda de flores. Sua angústia chegou a tal ponto que decidiu abandonar a Ordem Seráfica. A Virgem apareceu para consolá-lo e lhe indicou outra oferenda diária que lhe seria mais agradável. Sugeriu-lhe recitar a cada dia sete dezenas de Ave Marias intercaladas com a meditação de sete mistérios gozosos que ela viveu em sua existência. Desta maneira teve origem a Coroa Franciscana, Rosário das Sete Alegrias.
São Bernardino de Sena foi um dos primeiros a praticar e difundir esta devoção, que para ele era fonte de grandes favores. Um dia enquanto recitava esta coroa apareceu-lhe a Santíssima Virgem e com inefável doçura lhe disse que gostava muito desta devoção e o recompensava com milagres para converter os pecadores: “Te prometo fazer-te partícipe de minha felicidade no paraíso”. A coroa franciscana medita os sete gozos de Maria: a anunciação, a visita a Santa Isabel, o nascimento de Jesus em Belém, a adoração dos Magos, a apresentação de Jesus no templo e a manifestação de sua divindade entre os doutores do templo, a ressurreição de Jesus e sua aparição à Virgem, a vinda do Espírito Santo, a Assunção de Maria em corpo e alma ao céu, e a coroação de Maria como rainha do céu e da terra, medianeira de graças, mãe da Igreja e soberana do Universo.
Na noite da última terça-feira (14), a Fraternidade Franciscana do Convento meditou as Sete Alegrias de Nossa Senhora. Os freis Paulo César e Pedro de Oliveira meditaram: 1ª Alegria – A Anunciação do Anjo; 2ª Alegria – A Visita de Maria a sua prima Isabel; 3ª Alegria – O Nascimento de Jesus; 4ª Alegria – A Adoração dos Reis Magos; 5ª Alegria – O Encontro do Menino Jesus no Templo; 6ª Alegria – Maria vê a Jesus Ressuscitado e 7ª Alegria – A Assunção de Maria e sua Coroação no Céu.