Meditar as Alegrias de Maria é cultivar a oração na “Igreja Doméstica”

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Paz e Bem!

A pandemia da covid-19 trouxe muita dor, sofrimento, angústia, aflição e, lamentavelmente, ceifou a vida de milhões de pessoas em todo o mundo. O tempo da doença também trouxe algumas lições, como reaprender a viver em família, resgatando valores que a própria sociedade esqueceu de cultivar, e mostrou que é possível estar fisicamente distante, mas espiritualmente próximos, de mãos dadas, juntos numa mesma oração. O Papa Francisco nos lembra que “não sairemos desta crise pandêmica da mesma forma: ou saímos melhores ou saímos piores, não como antes. Nunca mais sairemos da mesma forma. E hoje temos de enfrentar esta questão juntos, sempre juntos: ‘Como sairemos desta crise?'”.

O tempo da dor nos fez olhar o mundo com diferentes lentes e de diferentes ângulos, mostrou que independente da cor, raça, orientação sexual, classe social ou escolha política, todos precisaram “aprender de novo a viver”. A doença não é só morte e dor, ela aproximou os pais dos filhos; os filhos da mesa; os casais se redescobrirem na intimidade; e provou que a Igreja mais importante é a Doméstica, parafraseando o hoje santo, João Paulo II, que primeiro chamou a família de “Igreja Doméstica”.

Essa proximidade, ainda que virtual, estreitou laços e criou um “Convento da Penha” em milhares de casas mundo afora, ou seja, ficamos tão “juntinhos” na pandemia, com tanta programação especial, transmissões ao vivo, que em certos momentos a gente não precisava nem “pedir licença” para entrar, já que “a casa era nossa”. E assim fomos evangelizando, pregando a Boa Nova, anunciando o Evangelho, levando as mais belas expressões de fé à Nossa Senhora da Penha a tantos lares, captando as mais bonitas e singelas imagens e levando conteúdo de qualidade às famílias que tanto sofreram com a doença. Foi um baita desafio (e diário), mesmo assim não nos cansamos, porque o mais importante era levar as Alegrias de Nossa Senhora aos seus filhos amados.

Por falar em alegria, não desamparamos os fiéis da Mãe das Alegrias. Criamos até o famoso bordão: Toda Terça Tem Terço e você muitas vezes se acostumou a repetir isso. O Terço, que inicialmente contava com a participação dos Homens do Terço de paróquias e comunidades do estado, se transformou no encontro semanal das famílias dos devotos de Nossa Senhora, por isso, repetidas vezes você deve ter ouvido: Toda Terça Tem Terço em Família.

Desde dezembro do ano passado, mantendo a marca importante de oração e fé do povo, passamos a meditar as Sete Alegrias de Nossa Senhora, uma devoção genuinamente franciscana.

O costume franciscano destaca sete momentos em que o coração de Nossa Senhora se enche da mais pura alegria, esses momentos são as Sete Alegrias de Maria. Na história, em 1442, no tempo de São Bernardino de Siena, se difundiu a notícia de uma aparição da Virgem a um noviço franciscano. Este, desde pequeno, tinha o costume de oferecer à bem-aventurada Virgem uma coroa de rosas. Quando ingressou entre os Irmãos Menores, sua maior dor foi a de não poder seguir oferecendo à Santíssima Virgem esta oferenda de flores. Sua angústia chegou a tal ponto que decidiu abandonar a Ordem Seráfica. A Virgem apareceu para consolá-lo e lhe indicou outra oferenda diária que lhe seria mais agradável. Sugeriu-lhe recitar a cada dia sete dezenas de Ave Marias intercaladas com a meditação de sete mistérios gozosos que ela viveu em sua existência. Desta maneira teve origem a Coroa Franciscana, Rosário das Sete Alegrias.

São Bernardino de Sena foi um dos primeiros a praticar e difundir esta devoção, que para ele era fonte de grandes favores. Um dia enquanto recitava esta coroa apareceu-lhe a Santíssima Virgem e com inefável doçura lhe disse que gostava muito desta devoção e o recompensava com milagres para converter os pecadores: “Te prometo fazer-te partícipe de minha felicidade no paraíso”. A coroa franciscana medita os sete gozos de Maria: a anunciação, a visita a Santa Isabel, o nascimento de Jesus em Belém, a adoração dos Magos, a apresentação de Jesus no templo e a manifestação de sua divindade entre os doutores do templo, a ressurreição de Jesus e sua aparição à Virgem, a vinda do Espírito Santo, a Assunção de Maria em corpo e alma ao céu, e a coroação de Maria como rainha do céu e da terra, medianeira de graças, mãe da Igreja e soberana do Universo.

O encontro desta terça-feira (18/01) contou com a participação de inúmeros fiéis pelo YouTube, Facebook e Instagram, que foram presenteados com uma bela lua iluminando a noite. “Contemplando esta lua tão bonita, lua que nos presenteia com seu brilho na noite escura, nos faz lembrar desse Deus, nosso Pai Criador, ela tão bela, reluz a luz do sol, nos lembra Maria, a Lua de Deus que reflete a luz de Jesus, nos lembra o cristão, a Igreja. A ‘Irmã Lua’, seja bem vinda a iluminar nossa noite, a todos nós, nosso país, nosso continente”, comentou  Frei Paulo César Ferreira, que conduziu a meditação das Alegrias de Maria.

Frei Paulo César colocou como intenção, pela vida de todos os profissionais de saúde, em especial todos os que trabalham no combate da pandemia; rezou pelos enfermos, gestantes, famílias enlutadas e pelas preces dos fiéis que rezavam em casa. Algumas intenções foram destacadas e lidas pelo Frei antes de cada Alegria meditada.

A oração teve participação de Cleonir Morosini, Felipe Mauri de Marilândia-ES; Orlando Júnior, de Marechal Floriano-ES; Orlânia Euzébio e Zilda, de Cariacica-ES; Áurea Maria de Araújo, Viana-ES; José Carlos, de São Mateus-ES; Sandra Ramon, de Morro Azul-RJ; Aparecida Siqueira, de Ecoporanga-ES; Maria de Jesus, Brasília-DF; Penha Arrivabeni, Colatina-ES; Mara e Érica, de Vitória; Elenice Gonçalves, de Três Lagoas, Maranhão; Andreza Braga, Joatuba-MG; Jane Souza, Várzea Grande, Mato Grosso; Aparecida Bronzoni, Jaguaré-ES; Glória Benincá, Alfredo Chaves-ES; Ana Costa, Floriano, Piauí; Maria Zita Siqueira, Contagem-MG; Antônio Galvão, de Fazenda Capão Verde, Mato Grosso; Dulcinéia Moreira, mamãe do Frei Lucas Moreira, de Vila Velha-ES; José Luiz Marques, Governador Lindenberg-ES; Elezete Farias, de Nova Jersey, Estados Unidos; Teresa Cazares, do México. E até de Lisboa (Portugal), onde a Cristiane Barbosa rezou pelas preces de sua família.

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