Frei Paulo: “Como Frei Galvão, somos chamados a ser ‘Missionários da Caridade'”

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Paz e Bem!

O Convento da Penha realizou na tarde desta segunda-feira (25/10), mais uma edição da Celebração do Abraço e da Esperança, é a 15ª edição da Missa em Memória dos Falecidos. O objetivo é estar unido aos familiares com compaixão e ternura, em preces confiantes ao Senhor, abraçando todos os que sofreram (e sofrem) com a saudade. Além da intenção pelos falecidos, a Celebração Eucarística foi festiva, por ocasião do dia de São Frei Galvão, frade da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, da qual o Convento faz parte.

O Guardião do Convento, Frei Paulo Roberto Pereira, presidiu a Missa no Campinho. Ao iniciar, ele apresentou as motivações e lembrou ainda que ontem também foi comemorado o Dia do Dentista e o Dia Nacional de Combate ao Preconceito Contra as Pessoas com Nanismo. “Nos unimos em preces por todos aqueles que hoje se recordam os seus parentes falecidos, é a Celebração do Abraço e da Esperança. Nossa prece solidária que acolhe a dor daqueles que se despediram de seus entes queridos que faleceram. Além de ser a celebração do acolhimento, da solidariedade, é também a celebração da confiança. Nós todos, eles por primeiro, depois todos nós participaremos da festa no céu… Recordamos também o dia de combate ao preconceito em relação às pessoas com nanismo. Toda forma de preconceito é pecaminosa! Preconceito é desinformação, preconceito é excludente. Nós queremos nos manifestar contra toda forma de preconceito. E hoje ainda é dia do dentista, queremos fazer nossa prece por essas pessoas que se dedicam à nossa saúde, e em grande medida nossa saúde começa pela boca”, comentou o frade.

Rogando à materna proteção de Deus por aqueles que nos antecederam na glória dos céus, os fiéis se emocionaram, tanto presencialmente no Campinho quanto pela transmissão na internet.

Na homilia Frei Paulo direcionou, inicialmente, sua mensagem aos enlutados, todos os que perderam seus familiares e entes queridos no tempo da pandemia, seja por conta da covid-19 ou por outras doenças. “Minha primeira palavra nesta reflexão se dirige aos que ajudaram a gente a compor mais um mural virtual em homenagem aos falecidos. Nós franciscanos, desde o tempo que começou a pandemia, era um tempo em que não havia concentração de pessoas para rezar, muito menos a concentração de gente para as despedidas nos velórios, então desde àquela época fizemos a Celebração do Abraço e da Esperança, sinal da nossa confiança na ressureição e da prece solidária da Igreja. Os tempos vão ganhando ares de normalidade, mais uma vez, graças a Deus, ao avanço da vacinação, têm diminuído os óbitos, mas ainda é alto o número de pessoas que morrem. Decidimos então permanecer com essa celebração… A palavra do próprio Evangelho: vinde a mim todos vós que estais cansados, fatigados sob o peso dos vossos fardos e eu vos darei descanso (Mateus 11, 28). Do Senhor vem o nosso descanso, vem nossa consolação, nosso conforto! É importante que saibamos disso, Deus não dos deixa desamparados. Por maiores que sejam nossas dores, angústias, tristezas, Deus nos ampara com vigor que nos ergue do chão. Revigorados pela misericórdia de Deus nos comprometemos a sermos, também nós, mensageiros, anunciadores da concórdia e da esperança”, enfatizou o Guardião.

Frei Paulo Roberto ainda recordou o exemplo de santidade de Frei Galvão. “Nascido em terras brasileiras, canonizado em 2007, pelo então Papa Bento XVI, é chamado de ‘Missionário da Caridade’. No dia que celebramos sua memória, no mês missionário, somos convidados também nós a fazermo-nos missionários da caridade. A caridade é muito mais do que uma boa ação, ela é o motor do coração do cristão. Nós vivemos a partir da caridade! É importante lembrar que a santidade é cultivada no nosso dia a dia, ser santo é trabalhar diariamente no cultivo das virtudes. São Paulo vai nos ensinar que todas as virtudes nos revelam Deus, todas as virtudes são sinais da divindade, todas elas. O viver virtuoso é pura graça, é graça que vem do alto. A bondade, a paciência, a mansidão, a solidariedade, o senso de justiça, a busca da verdade, tudo isso é virtude. Nós recebemos generosa e abundantemente dos céus todas as virtudes, mas São Paulo destaca três: a fé, a esperança e a caridade, e dessas a caridade é mais excelente ainda”, explicou.

Por fim, o Reitor do Santuário da Penha comentou o discurso feito por Bento XVI na canonização do primeiro santo brasileiro. “Significativo é o exemplo do Frei Galvão pela sua disponibilidade para servir o povo sempre quando era solicitado. Conselheiro de fama, pacificador das almas e das famílias, dispensador da caridade especialmente dos pobres e dos enfermos. Muito procurado para as confissões, pois era zeloso, sábio e prudente. Uma característica de quem ama de verdade é não querer que o Amado seja ofendido, por isso a conversão dos pecadores era a grande paixão do nosso Santo…”, finalizou.

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