Iaiá, você vai à Penha? Me leva ô, me leva. Eu vou criar capricho, meu bem, vou trabalhar que tenho uma promessa a pagar… 🎶🎵
Paz e Bem.
A animação da banda de congo Beatos de São Benedito, da ACERBES (Associação Cultural Esportiva e Recreativa Beatos do Espírito Santo), tomou conta do Campinho do Convento, na manhã deste domingo (20), o 29º do Tempo Comum. Os conguistas, que sempre participam da Romaria dos Conguistas, subiram pouco antes do início da celebração eucarística, participaram da Missa que foi presidida pelo Frei Alessandro Dias, e ao final, cantaram para receber a bênção de Nossa Senhora da Penha.
Ao iniciar a Missa, Frei Pedro Engel, animou os fiéis a rezarem pela missão, já que outubro é o mês missionário, tempo de dedicar preces pelos missionários, mas por todos os batizados que assumem a missão no seu dia a dia. “Estamos em pleno mês missionário, começa com Santa Teresinha dia primeiro de outubro, padroeira das missões, junto com São Francisco Xavier, nos lembra que a missão de todos nós, somos enviados, depois do discipulado, chamados e enviados em missão. A missão da Igreja é a evangelização, anunciar o evangelho não só com palavras mas com atitudes. As leituras de hoje mostram para nós esse aspecto da missão, se somos discípulos de Jesus ou não”, comentou Frei Alessandro.
Na homilia, Frei Alessandro destacou que a vontade de Deus, manifestada pelo profeta Isaías na Primeira Leitura (Isaías 53,10-11), se cumpriu em Jesus. “Deus aceitou o sofrimento para a salvação do povo, ou seja, Ele aceitou esse meio para a salvação do povo. O Filho de Deus sofreu, assumiu nossa condição humana, mas foi obediente até o fim. O sofrimento dele foi compensado porque está à direita de Deus Pai, como nos lembra a carta aos Hebreus 4,14-16, ‘temos um sumo sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus’. Quando vamos exercer nossa missão, todos nós vamos enfrentar sofrimento, precisamos aprender a lidar com o sofrimento, mas por isso temos o exemplo de Jesus”, disse.
Ainda na reflexão, Frei Alessandro lembrou que o Evangelho, os discípulos pedem a Jesus um lugar a sua direita e outro a sua esquerda no céu. “Eles não estavam entendendo. Jesus já havia anunciado que ia sofrer muito e morrer, e no terceiro dia ia ressuscitar. Eles não entenderam que Jesus estava indo em direção à morte, sabendo que o destino será sua morte e pedem uma coisa como se Jesus fosse tomar o ‘reinado’. Jesus nos chama para o caminho da humildade e da gratuidade. Não cabe a nós querermos privilégios, nós não estamos aqui para isso. Devemos nos colocar a servir a Deus e aos irmãos e irmãs”.
Frei Alessandro fez uma crítica aos “privilégios” que queremos possuir. “Nós temos uma tendência de ter privilégios também. Desde autoridades religiosas, autoridades civis, militares… O que as pessoas esperam? Esperam que alguém beije a mão da pessoa, que trate a pessoa com os cargos, títulos, sempre é isso. Ao trabalhar na Igreja, a gente espera que o padre trate a gente com privilégios, a gente acha que pode ter acesso a qualquer coisa, fazer o que a gente bem entender. Corremos o risco de fazer inimizades. A liturgia está mostrando para nós é que uma das características da missão é a humildade, ter a humildade de Jesus. Esse é o caminho, a humildade e a gratuidade. Quando a gente espera muitas coisas dos outros, vamos nos decepcionar, por isso causa muita tristeza. A gratuidade, no entanto, é outro aspecto”, afirmou Frei Alessandro.