Paz e Bem!
O Convento da Penha abriu no início de março, na Sala de Exposições, uma nova exposição. A mostra, que tem como título “Terços: instrumentos de fé e devoção”, conta a história do Santo Terço e exibe diversos terços de diferentes temáticas, materiais e origens.
Quem ainda não visitou, poderá conhecer, fotografar e se encantar com os mais diferentes (e curiosos) terços. Além de ilustrar a devoção dos cristãos pela “tradicional oração do terço”, a exposição conta a importância do terço em diversas perspectivas. Uma outra atração que faz parte “da fé e devoção” da Festa da Penha, é a celebração feliz pelos 21 anos do “Terço Gigante”, que faz parte da programação da festa da padroeira, montado anualmente entre as famosas, imponentes e belas “Palmeiras do Convento”.
E não para por aí. O visitante também pode contemplar fotos do “Terço Gigante” ao longo dos anos e saber sobre sua origem, história e produção. O objetivo da mostra é valorizar essa importante devoção histórica e popular popular da Igreja Católica.
EXPOSIÇÃO “TERÇOS: INSTRUMENTOS DE FÉ E DEVOÇÃO”
Concepção e montagem: Paulo Sergio Dias de Souza e Rosa Maria Lyrio Rocha.
Apoio: Osmar Sales e Zanete Dadalto.
Acervo Fotográfico: Procissão Fotográfica – FAESA
Serviço: De quarta a domingo, de 8h às 12h e de 12h30 às 16h30.
Entrada gratuita.
A HISTÓRIA DO TERÇO GIGANTE ENTRE AS PALMEIRAS DO CONVENTO
A ideia do “Terço Gigante” surgiu no ano de 1997, no Rio de Janeiro, durante o 2º Encontro Mundial das Famílias com o Papa João Paulo II. A devota Maria das Graças Brunelli, na ocasião, ao ver um terço de isopor erguido com bolas de gás hélio, pediu ao amigo, o médico Osmar Sales, para tentar fazer um terço semelhante para a Missa da Romaria das Mulheres daquele ano, porém o mesmo ficou pesado demais para ser levantado com balões de gás. A solução foi pendurá-lo entre as palmeiras, com autorização do Guardião do Convento na época. Desde 1998, de forma ininterrupta, o terço é pensado, confeccionado e colocado entre as palmeiras no Campinho. A cada ano o tema é diferente. “O terço, símbolo da devoção mariana, tornou-se o símbolo da Festa a Penha por vontade própria. Traz em si a mensagem de Salvação do Evangelho. Rezar o terço é refazer a história do Salvador. É uma catequese. Não apenas um adorno de festa. É uma homenagem à Mãe de todos nós. É uma peça que fazemos com fé, devoção, carinho e arte”, destaca o dr. Osmar Sales.
A dimensão catequética da exposição, foi pensada para proporcionar ao visitante a oportunidade de conhecer uma das “armas do católico”. A cada terço que realizamos a contemplação dos mistérios, oferecemos a Nossa Senhora uma jardim de rosas. O terço é mais que simbologia, é fé, é amor, é devoção.
O responsável pela montagem e concepção da exposição, Paulo Sérgio Dias de Souza, explica que “a exposição nasceu no mês de maio de 2018, para homenagear a semana com Maria, realizada na Paróquia de São Pedro – Praia do Suá, em Vitória. Como os terços, rosários, são os maiores ícones de representação Mariana, nasceu aí a motivação para desmistificar o terço, ou seja, chamar a atenção para o seu verdadeiro valor: apenas um instrumento para a nobreza da intenção que é o gesto de orar”, e contou como conseguiu juntar tantos terços para expor. “A partir dessa primeira exposição (maio de 2018), fui recebendo doações de terços diversos, e, com a diversidade, vieram também os testemunhos de quem os usou. O número de terços expostos variam de acordo com as doações. Recebi terços de bispos que foram abençoados por Papas, terços usados por ex-presidiários; recebi terços centenários e também recém confeccionados por crianças, artesãos e devotos anônimos. Os materiais são diversos: vão desde sementes até cristais e metais, mas, de todos os terços expostos, o mais ‘valioso’ é o de contas irregulares feito de papel alumínio e linha de costura. Deste tipo foram confeccionados 365 terços, um para cada dia do ano, por uma senhora de 80 anos, que os fez enquanto rezava o rosário”, explica ele.
Ainda de acordo com Paulo Sérgio, “a exposição no Convento, tem a finalidade de despertar no devoto o respeito a seu sentido principal: ‘por devoção a Maria, encontrar o seu filho Jesus’. Além disso, a exposição também presta homenagem ao primeiro ano, 21 anos atrás, em que o Dr. Osmar e seus amigos colocaram o primeiro ‘Terço Gigante’ entre as palmeiras do Campinho do Convento da Penha.”
Rosa Maria Lyrio Rocha, também colaboradora na montagem, afirma que: “Minha colaboração é prestada como uma ajuda a Paulo, que é o autor e executor das ideias. Tenho uma grande admiração pelos trabalhos que ele oferta à Igreja e lhe sou muito grata por me dar a oportunidade de, por meio dessa participação, louvar a Deus e cultivar minha devoção por Nossa Senhora.”
Fotos: Zanete Dadalto