A Encarnação do Amor: Convento abre exposição de presépio

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Paz e Bem!

Todo gesto de solidariedade traz presente o amor de Deus que gera vida, liberdade, sonhos, conquistas, fraternidade… Eis o mistério do Natal de Jesus de Nazaré: um Deus apaixonado que vem estar com a gente, trazendo-nos alento e esperança.

O Convento da Penha tem a alegria de abrir a exposição de presépio com o tema “a Encarnação do Amor”, repetindo o mesmo desejo de recordar o Nascimento de Jesus, que teve São Francisco de Assis durante uma viagem à Palestina em 1223, onde pensou em reproduzir a cena da Encarnação do Verbo Divino, realizando-a em Greccio, na Itália. Por isso, o presépio é uma criação e tradição franciscana.

O Natal é essencialmente a festa da proximidade e da acolhida. É ocasião para se fazer presente, nem precisa de embalagem especial, reatar laços, começar de novo, dar outra chance; não obstante as diferenças e as divergências; voltar a caminhar lado a lado, aprendendo uns com os outros.

Natal é festa da Luz! É ocasião da Luz Resplandecente sobre as trevas da raiva, do ódio, da violência, da intolerância, da maldade. É festa da Luz que ilumina a escuridão.

“A Luz resplandeceu em plena escuridão, jamais irão as trevas vencer o seu clarão”

Daí os enfeites nas fachadas das casas e nas árvores das praças, os pisca-piscas nos pinheirinhos das salas. Mas qual o significado disso tudo para a vida da gente? No prólogo do Evangelho segundo São João, lemos que “a Luz brilha nas trevas… a Luz verdadeira que ilumina todo homem”. Então, faz sentido tantas luzes no Natal! Iluminados por Cristo para sermos também iluminadores, como seus discípulos exemplares. Os enfeites de natal encantam os olhos, mas são as nossas atitudes e vivências, à luz da Palavra, que de fato iluminam (inspiram) e apontam caminhos. A Palavra de Deus tem como morada o nosso coração: “Ela veio para a sua casa, mas os seus não a receberam” (Jo 1,11)

Diante do Presépio, na celebração do Nascimento de Jesus, os melhores votos de humildade, de simplicidade e da graça do Menino Jesus, “que da sua plenitude todos nós recebemos, e um amor que corresponde ao seu amor” (Jo 1, 16).

Em 2018, foram expostos 4 presépios pequenos e um grande. Estes 4 presépios que contavam a história de Frei Pedro Palácios (fundador do Convento da Penha), em ordem cronológica dos países pelos quais ele passou até chegar à Montanha Sagrada.

Neste ano, a exposição é composta por um presépio grande, com peças e imagens do próprio acervo, além de um impecável e magnífico cenário, montado por voluntários do Convento.

A mostra traz o tradicional presépio, montado na Sala de Exposições, esta, ambientada com trilha sonora natalina e imagens de gestos humanitários exibidos em um monitor ao lado do presépio. O espaço conta ainda com o “sino histórico do Convento”, onde os visitantes rezam pela paz no mundo e mensagens do verdadeiro sentido do Natal, pelo olhar do Prólogo do Evangelho segundo São João.

A Sala de Exposições funciona de quarta a domingo, de 8h às 12h e de 12h30 às 16h30. Por meio da exposição do presépio, queremos proporcionar ao visitante a possibilidade de adentrar ao mistério do amor de Deus pela humanidade, quando o Verbo Divino se encarnou na celebração do Natal.


SERVIÇO
EXPOSIÇÃO DE PRESÉPIO NO CONVENTO – A ENCARNAÇÃO DO AMOR
LOCAL: Sala de Exposições do Convento da Penha (ao lado da Sala dos Milagres)
QUANDO: De quarta a domingo, de 8h às 12h e de 12h30 às 16h30.
ENTRADA: gratuita


Presépio: Uma tradição franciscana

“Havia naquela terra um homem de nome João, de boa fama, mas de vida melhor, a quem o bem-aventurado Francisco amava com especial afeição, porque, como fosse muito nobre e louvável em sua terra, tendo desprezado a nobreza da carne, seguiu a nobreza do espírito. E o bem-aventurado Francisco, como muitas vezes acontecia, quase quinze dias antes do Natal do Senhor, mandou que ele fosse chamado e disse-lhe: ‘Se desejas que celebremos, em Greccio, a presente festividade do Senhor, apressa-te e prepara diligentemente as coisas que te digo. Pois quero celebrar a memória daquele Menino que nasceu em Belém e ver de algum modo, com os olhos corporais, os apuros e necessidades da infância dele, como foi reclinado no presépio e como, estando presentes o boi e o burro, foi colocado sobre o feno’. O bom e fiel homem, ouvindo isto, correu mais apressadamente e preparou no predito lugar tudo o que o santo dissera.
E aproximou-se o dia da alegria, chegou o tempo da exultação. Os irmãos foram chamados de muitos lugares; homens e mulheres daquela terra, com ânimos exultantes, preparam, segundo suas possibilidades, velas e tochas para iluminar a noite que com o astro cintilante iluminou todos os dias e anos. Veio finalmente o santo de Deus e, encontrando tudo preparado, viu e alegrou-se. E, de fato, prepara-se o presépio, traz-se o feno, são conduzidos o boi e o burro. Ali se honra a simplicidade, se exalta a pobreza, se elogia a humildade; e de Greccio se fez com que uma nova Belém. Ilumina-se a noite como o dia e torna-se deliciosa para os homens e animais. As pessoas chegam ao novo mistério e alegram-se com novas alegrias. O bosque faz ressoar as vozes, e as rochas respondem aos que se rejubilam. Os irmãos cantam, rendendo os devidos louvores ao Senhor, e toda a noite dança de júbilo. O santo de Deus está de pé diante do presépio, cheio de suspiros, contrito de piedade e transbordante de admirável alegria.” (Cel 30,4).

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