Paz e Bem!
Em mais um #tbt especial, vamos recordar um momento que já virou uma tradição da Festa da Penha. A apresentação da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo, sempre no quinto dia do Oitavário da Festa da Padroeira do Espírito Santo.
O quinto dia do Oitavário da Festa da Penha não terminou com a Celebração Eucarística no final da tarde no Campinho do Morro da Penha. Ele continuou no Santuário do Divino Espírito Santo, que naquela noite abriu suas portas para receber a Imagem da Virgem Mãe da Penha e a Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo (OSES), que, sob a regência do maestro Helder Trefzger, fez uma apresentação de gala em homenagem a Nossa Senhora da Penha. A noite contou também com a participação da cantora lírica Priscila Aquino.
Frei Clarêncio Neotti, Frei do Santuário, fez a acolhida do regente, dos músicos e dos públicos e comentou as obras religiosas de compositores renomados que foram levados ao bom público no Santuário do Divino Espírito Santo.
A Orquestra abriu a apresentação com a “Abertura em Ré”, de José Maurício Nunes Garcia, considerado o mais importante compositor brasileiro do fim do século XVIII e início do XIX, nomeado Mestre da Real Capela na corte de D. João VI.
Na sequência, o público foi presenteado com um dos momentos mais belos do concerto com a apresentação de “Stabat Mater”, de Antonio Vivaldi, que é um dos seus hinos religiosos mais expressivos. A composição se enquadra no contexto da Paixão, ao exprimir as dores de Maria, junto à cruz, contemplando a agonia do seu Filho. Frei Clarêncio explicou que se trata de um hino do século XIII, em honra a Maria, e atribuído ao franciscano Jacopone da Todi ou ao Papa Inocêncio 3º.
Vivaldi compôs o seu “Stabat Mater” utilizando apenas dez das suas 20 estrofes, exprimindo o seu caráter devocional. A solista mezzosoprano Priscila Aquino, natural de Vitória, bacharel em Canto pela Faculdade de Música do Espírito Santo (FAMES) e qualificada em Artes Cênicas pela Escola Técnica Municipal de Teatro, Dança e Música (FAFI), fez uma apresentação emocionante.
Por fim, do compositor norte americano Chadwick, foi apresentada a obra “Symphonic Sketches” (Esboços Sinfônicos), em quatro movimentos, terminando com a apresentação do “Magnificat”, do compositor francês Jacque-Louis Battmann, que segundo o maestro, foi um pedido de Frei Clarêncio. A apresentação contou com a com a participação especial do Coro Sinfônico da FAMES, preparado pelo Maestro Sanny Souza.