Paz e Bem!
Quinta-feira, dia de #tbt especial, dia de recordar os momentos mais inesquecíveis da maior festa religiosa do Espírito Santo. Hoje, vamos lembrar a homenagem da Diocese de Colatina.
A Diocese de Colatina foi a última do Estado a subir o Morro da Penha no dia 28 de abril (domingo), para prestar sua homenagem à Padroeira do Estado do Espírito Santo, Nossa Senhora da Penha. Foram cerca de 30 ônibus, com devotos vindos de todas as 31 paróquias do Norte do Estado, juntamente com o Bispo Diocesano Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias. Às 7 horas, os romeiros subiram cantando e rezando e às 8 horas, Dom Wladimir presidiu a Celebração Eucarística. Entre as Paróquias, está a Santa Clara, que é administrada pelos frades da Província Franciscana da Imaculada Conceição (a mesma que o Convento da Penha pertence): Frei Roberto Aparecido Pereira, Frei Jeferson Broca, Frei João Lopes da Silva e Frei Danilo.
Ao iniciar, Dom Wladimir lembrou a todos que a Diocese de Colatina está na 29ª Romaria Diocesana ao Convento da Penha e “vem com o coração cheio de esperança e alegria participar do Oitavário em preparação para Festa da Padroeira do nosso Estado”. Ele recordou também que a Diocese está celebrando o Ano Missionário Diocesano. “Que possamos sair daqui mais missionários. Saúdo os militares do Corpo de Bombeiros do Estado do Espírito Santo aqui presentes, dentre os quais alguns que atuaram com valentia em Brumadinho. E aqui, hoje, nossa Diocese presta uma homenagem de reconhecimento e gratidão”, disse, referindo-se à tragédia de Brumadinho, que fez 179 mortos e, ao menos, 131 pessoas seguem desaparecidas.
Na homilia, o Bispo destacou que o 2º Domingo de Páscoa é também denominado como o “Domingo da Divina Misericórdia“. “Como é bonita essa realidade de fé para a nossa vida! Como é grande e profundo o amor de Deus por nós! É um amor que não falha. Que sempre segura as nossas mãos, nos sustenta, levanta e guia. É a mão de Deus. No evangelho de hoje, Tomé experimenta precisamente a misericórdia de Deus, que tem o rosto concreto em Jesus. O rosto de Jesus Ressuscitado. Tomé não confia nos demais apóstolos quando lhe dizem: ‘vimos o Senhor’. Para ele, não foi suficiente a promessa de Jesus, que anunciara: ao terceiro dia ressuscitarei. Tomé quer ver, tocar as suas mãos, no sinal dos cravos e no peito. E qual é a reação de Jesus? A paciência”, explicou Dom Wladimir.
Segundo o Bispo, Deus não abandona Tomé relutante na sua incredulidade. “Dá-lhe uma semana de tempo, não fecha a porta e espera. E Tomé acaba por reconhecer a sua própria pobreza e sua pouca fé, diz: ‘Meu Senhor e Meu Deus!’ Com essa invocação simples, mas carregada de fé, responde à paciência de Deus. Deixa-se envolver pela misericórdia divina, vê as feridas das mãos e dos pés, do peito aberto, e readquire a confiança. É um homem novo e não mais incrédulo”, acrescentou.
“Irmãos e irmãs, não percamos a confiança na paciente misericórdia de Deus. Este é o estilo de Deus. Não é impaciente como nós, que muitas vezes queremos tudo e rapidamente. Mesmo quando se trata de pessoas. Deus é paciente conosco porque nos ama. E quem ama compreende, dá confiança, não abandona, não constrói muros, mas sabe perdoar, sabe esperar. Na nossa vida de discípulos batizados, Deus sempre espera por nós, mesmo quando nos afastamos. Ele sempre está pronto para nos acolher e abraçar. Jesus mostra essa paciência misericordiosa de Deus, para sempre reencontrarmos paciência e confiança Nele. Deus responde à nossa fraqueza, ao nosso desânimo com a paciência. Esse é o motivo da nossa esperança e alegria no Senhor. A paciência de Deus deve encontrar em nós a coragem de regressar ele, qualquer que seja o erro, o pecado da nossa vida”, completou Dom Wladimir.
No fim da Celebração, a Diocese realizou uma homenagem às vítimas do crime de Mariana e de Brumadinho, com um tom de protesto e pedidos de justiça.
“A Igreja é uma voz perseverante que não se cala e não se calará em zelar pela justiça e pelo direito das vítimas, pois tanto em Mariana como em Brumadinho, somos todos atingidos.”
Logo em seguida, a canção “Mariana & Brumadinho” do Padre Zezinho, scj, foi entoada pela equipe de canto na homenagem feita pelos romeiros. Enquanto todos cantavam, jovens entravam trazendo faixas, banners e cartazes de protesto. Levaram também um “coração grande” feito de lama, flores, plantas cobertas de lama, além de representações do Movimento dos Atingidos por Barragens e grupos de assistência aos atingidos pela lama.
Foi realizado um instante de silêncio, por todas as vítimas das duas tragédias e também pelos familiares que até hoje sofrem com o extermínio de vida animal e vida humana. Por fim, os bombeiros que trabalharam no resgate de vítimas em Brumadinho, foram homenageados pela Diocese de Colatina.
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Com informações de Moacir Beggo, Cristian Oliveira e colaboração de Renata Esgario.