Romaria reúne 1.500 cavaleiros na Prainha

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Moacir Beggo

 Vila Velha (ES) – O domingo de Páscoa amanheceu  com céu azul para festejar o Ressuscitado e iniciar as homenagens a Nossa Senhora da Penha. A primeira manifestação de fé do povo capixaba para a Padroeira do Espírito Santo começou cedo com a Romaria dos Cavaleiros, que reuniu cerca de 2 mil pessoas de todo o Estado.

Luciene Marquesi,

A Romaria dos Cavaleiros, que acontece há 28 anos mas passou a fazer parte do calendário oficial da festa em 2008, reuniu todos os romeiros em Cobilândia, às 8h30, onde percorreram um trajeto – rua Pedro Gonçalves Laranja (ao lado do posto), avenida Ana Merotto Stefanon e avenida Carlos Lindenberg – de cerca de 40 minutos. A concentração foi feita em Cobilândia porque muitos grupos e caravanas vêm de distantes cidades do Estado, como Itaguaçu, Itarana, São Roque, Colatina, Governador Lindenberg, e já estavam na estrada desde quinta-feira.

Os cavaleiros e muitas  amazonas foram recebidos na Prainha por Frei Jeâ Paulo Andrade e Frei Pedro Engel. Depois de um momento de oração, os frades do Convento da Penha deram a bênção e pediram a proteção da Virgem da Penha  para os romeiros retornarem em paz às suas casas.

Uma dessas romeiras era Luciene Marquesi, que participou pela primeira vez da Romaria. Natural de Baía Nova, no município de Guarapari, ela gostou da experiência e espera repetir no próximo ano. “É um momento muito emocionante chegar à Prainha e ver o Convento da Penha no alto”, disse Luciene, elogiando a organização do evento.

Adoris Sanni di Carlo

Já Adoris Sanni di Carlo, do Fundão, perdeu as contas de quantas vezes participou da romaria. “Gosto muito. Além de fazer a minha devoção, aos 68 anos, eu me divirto um pouco”, garante o trabalhador rural. O sol forte não incomodou: “A gente está acostumado com o trabalho na roça”, disse. Na chegada à Prainha, os cavaleiros podem dar de beber e alimentar seus animais.

Maria Helena Mendonça

A amazona Maria Helena Mendonça tem uma devoção especial à Nossa Senhora da Penha e conta que tudo começou com o seu pai, José Correa de Mendonça, um dos fundadores da Romaria dos Homens. “Para mim, é um momento de devoção a Nossa Senhora participar desta Romaria ao mesmo tempo eu presto homenagem à memória do meu pai, que também serviu na 2ª Guerra Mundial”, contou Maria Helena. Praticante de hipismo clássico, ela mora no bairro Glória de Vila Velha e lembra que acabava furando o bloqueio para participar da Romaria dos Homens. “Na época era uma romaria só para os homens, mas eu não me contentava em ficar olhando da rua. Felizmente, hoje todos participam das homenagens”, completou.

 

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