Neste mês de abril, Francisco aborda a situação dos serviços de saúde em diferentes países, sobretudo nos mais pobres. No vídeo de intenção de oração, o apelo para que o trabalho dos profissionais de saúde “seja apoiado pelos governos e comunidades locais”, como é o caso dos camilianos no Brasil e do Dr. Erik Jennings Simões, que há 20 anos ajuda os povos indígenas da floresta amazônica brasileira, onde criou o primeiro serviço de neurocirurgia.
“Rezemos este mês pelos profissionais de saúde.”
“A pandemia, mostrou-nos a entrega, a generosidade dos profissionais de saúde, voluntários, agentes de saúde, sacerdotes, religiosos e religiosas. Mas esta pandemia”, salientou Francisco na mensagem do novo vídeo da Rede Mundial de Oração do Papa divulgado nesta terça-feira (5), “também deixou claro que nem todos têm acesso a um bom sistema público de saúde”, citando as deficiências e a desigualdade de acesso a tratamentos adequados nos países mais pobres e vulneráveis.
De acordo com o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) “Health Overview 2021”, o mau estado do sistema de saúde tem tido um impacto nos cuidados recebidos pelos doentes. Entre os diferentes fatores, a falta de profissionais de saúde tem sido mais limitativa do que o número de leitos hospitalares ou equipamento técnico. Nas palavras do Pontífice, com frequência “isso se deve à má gestão dos recursos e à falta de um compromisso político sério.”
O trabalho no Brasil e no mundo
Em um contexto tão difícil, que exacerbou as emergências existentes, a dedicação dos profissionais de saúde em vários projetos em todo o mundo, como ilustrado pelas imagens divulgadas no vídeo do Papa, desempenhou um papel decisivo. Foi o caso do trabalho desenvolvido pelos religiosos camilianos no Brasil e, especialmente, pelo doutor Erik Jennings Simões, que também aparece no vídeo, que há 20 anos ajuda os povos indígenas da floresta amazônica brasileira, onde criou o primeiro serviço de neurocirurgia.
As imagens também mostram as campanhas “A Vaccine for Us” e “Mothers and Children First” da CUAMM – Médicos com África; o projeto da AVSI em Uganda para levar mulheres grávidas ao hospital; o trabalho, em vários países, da Ordem Hospitalar de São João de Deus (Fatebenefratelli); as estruturas sanitárias em Bangladesh e no Peru do COE, Apurimac ETS e a Comunidade Missionária de Villaregia, organizações membros da FOCSIV.
A prioridade a um bom serviço de saúde
Diante das dificuldades que tantos doentes e idosos enfrentam para cuidar e tratar da saúde, o Papa faz um apelo em favor de um serviço de qualidade para todos:
“É por isso que quero pedir aos governos de todos os países do mundo que não esqueçam que um bom serviço de saúde, acessível a todos, é uma prioridade. Mas também quero lembrar que o serviço de saúde não é apenas uma organização, mas que aí estão homens e mulheres que dedicam a sua vida a cuidar da saúde do outro. E que deram a vida durante esta pandemia para ajudar tantos doentes a se recuperar.”
Apoio da sociedade aos profissionais de saúde
O novo vídeo que traz a intenção de oração que Francisco confia à Igreja Católica através da Rede Mundial de Oração do Papa é dedicado, então, ao apoio aos profissionais de saúde ao abordar a situação sanitária em diferentes países.
“Rezemos para que o compromisso dos profissionais de saúde em cuidar dos doentes e idosos, especialmente nos países mais pobres, seja apoiado pelos governos e comunidades locais.”
O Padre Frédéric Fornos, diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, comentou sobre esta intenção:
“O Papa Francisco está sempre muito atento às pessoas, aos doentes, aos idosos, aos mais vulneráveis. Esse pedido de oração, para todo o mês de abril, é dedicado aos profissionais de saúde que cuidam deles. Estão atravessando situações de crise e muitas vezes sem apoio adequado, particularmente em países com menos recursos. A pandemia demonstrou que o sistema de saúde e os profissionais de saúde são essenciais para a sociedade. O Papa apela a mais recursos para os apoiar, particularmente em países com um sistema de saúde frágil, caso contrário seremos confrontados com ‘outras pandemias’. Confiemos essa intenção de oração ao Senhor e atuemos nesse sentido.”