Na Audiência Geral desta quarta-feira, 09/10, Francisco destacou a importância do Espírito Santo como aquele que assegura a unidade e universalidade da Igreja. Através do exemplo dos Apóstolos em Pentecostes, o Pontífice sublinhou que, ao serem “cheios do Espírito Santo”, eles saíram para anunciar Cristo a todas as nações, sem distinção de povos. “O Espírito Santo não realiza a unidade da Igreja a partir do exterior, mas Ele mesmo é o vínculo de unidade”, afirmou.
O Papa Francisco, nesta quarta-feira, 09 de outubro, deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre o tema “O Espírito e a Esposa”. Referindo-se ao relato da descida do Espírito Santo em Pentecostes, conforme descrito no Livro dos Atos dos Apóstolos (At 2, 4), o Pontífice refletiu, diante dos milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, sobre o papel do Espírito Santo na universalidade e na unidade da Igreja.
Ação universal e unificadora do Espírito Santo
O Santo Padre explicou que o Espírito Santo é aquele que “empurra a Igreja para fora”, para acolher um número crescente de povos, mas ao mesmo tempo a reúne em si, consolidando a unidade alcançada. “O Pentecostes não foi apenas o início da missão da Igreja entre os judeus, mas também o prenúncio da missão entre os gentios”, afirmou Francisco, mencionando a conversão do centurião Cornélio (cf. At 10-11) como um novo “Pentecostes” que quebrou barreiras entre judeus e pagãos.
A importância da sinodalidade e do diálogo
O Papa também destacou que o Espírito Santo não realiza a unidade de forma abrupta, mas sim através de um trabalho discreto, respeitando o tempo e as diferenças humanas. O Concílio de Jerusalém (cf. At 15,28), mencionou o Pontífice, foi um exemplo de como a unidade foi buscada de maneira sinodal, através de oração, debate e discernimento conjunto- Santo Agostinho, recordou o Pontífice, explica a unidade realizada pelo Espírito Santo com uma imagem que se tornou clássica: “O que a alma é para o corpo humano, o Espírito Santo é para o corpo de Cristo, ou a Igreja”. A imagem ajuda-nos a compreender algo importante:
“O Espírito Santo não realiza a unidade da Igreja a partir do exterior; não nos ordena simplesmente que estejamos unidos. Ele próprio é o “vínculo de unidade”.
Unidade dos cristãos
Ao concluir sua reflexão, Francisco pediu que o Espírito Santo nos ajude a ser instrumentos de unidade e paz, não apenas na Igreja, mas também nas nossas relações pessoais. “Todos desejamos a unidade, mas ela só pode ser alcançada quando colocamos Deus no centro, e não nós mesmos. A unidade é caminhar juntos em direção a Cristo, e não esperar que os outros venham até onde estamos”, lembrou o Papa, convidando os cristãos a seguir o exemplo de Pentecostes:
“Peçamos ao Espírito Santo que nos ajude a ser instrumentos de unidade e de paz.”
Fonte: Vatican News | Thulio Fonseca