Portanto afirmou Francisco:
“Ele estabelece uma distinção entre as penúltimas coisas, que passam, e as últimas coisas, que permanecem. Esta é uma mensagem preciosa para nós, para nos orientar nas escolhas importantes da vida. Em que convém investir nossas vidas? No que é transitório ou nas palavras do Senhor, que permanecem para sempre? Obviamente sobre estas. Mas não é fácil”
De fato, advertiu o Papa, “as palavras do Senhor, embora belas, vão além do imediato e exigem paciência. Somos tentados a nos agarrar ao que vemos e tocamos e que nos parece mais seguro. Mas isto é um engano” continuou, porque elas passarão. A este ponto Francisco alerta para que a vida não seja construída sobre a areia. “O discípulo fiel, para Jesus, é aquele que funda sua vida sobre a rocha, que é sua Palavra”, concluiu.
O coração palpitante da palavra de Deus: caridade
Para construirmos nossa casa sobre a rocha devemos nos perguntar:
“Qual é o centro, o coração palpitante da Palavra de Deus? O que, em suma, dá solidez à vida e jamais terminará? São Paulo nos diz: ‘A caridade jamais terá fim’. Aquele que faz o bem investe para a eternidade”
Francisco recorda que a pessoa generosa constrói o Céu sobre a terra, pode ser que “não tenha visibilidade”, mas o que ela faz não será perdido, porque “o bem nunca se perde, permanece para sempre”. E nos perguntamos: em que estamos investindo nossas vidas? Nas coisas que passam ou as que permanecem para sempre? Devemos recordar, disse: “A Palavra de Deus hoje nos adverte: o cenário deste mundo vai passar. E somente o amor permanecerá”. Encorajando o Papa afirmou:
“Basear a própria vida na Palavra de Deus, não é fugir da história, mas mergulhar nas realidades terrenas para torná-las sólidas, para transformá-las com o amor, imprimindo nelas o sinal da eternidade, o sinal de Deus”
As escolhas
Por fim o Papa concluiu suas palavras com um conselho de Santo Inácio de Loyola para fazer as escolhas importantes:
“Antes de decidir, imaginemos que estamos diante de Jesus, como no fim da vida, diante d’Aquele que é amor. Pensando em nós mesmos ali, em sua presença, no limiar da eternidade, tomemos a decisão para o hoje. Pode não ser a mais fácil, a mais imediata, mas será a decisão boa“.
Jane Nogara – Vatican News