Desde o início, a Igreja reconheceu a Maria a maternidade virginal. Como fazem intuir os Evangelhos da infância, as próprias primeiras comunidades cristãs recolheram as recordações de Maria sobre as circunstâncias misteriosas da concepção e do nascimento do Salvador. Em particular a narração da Anunciação responde ao desejo dos discípulos de conhecer, de modo mais aprofundado, os acontecimentos ligados aos inícios da vida terrena de Cristo ressuscitado. Maria está, em última análise, na origem da revelação acerca do mistério da concepção virginal, por obra do Espírito Santo.
Tal verdade, mostrando a origem divina de Jesus, desde os primeiros cristãos foi imediatamente acolhida na sua significativa relevância e incluída entre as afirmações fundamentais da sua fé. Filho de José segundo a lei, na realidade Jesus, por uma intervenção extraordinária do Espírito Santos, na sua humanidade é unicamente filho de Maria, tendo nascido sem intervenção do homem.
JOÃO PAULO II