Paz e Bem!
Na liturgia da Missa deste 33º Domingo do Tempo Comum, que conduz ao encerramento do ano litúrgico, todos foram convidados a crer que o tempo e a história caminham para Deus e Nele alcançam sua plenitude. Também neste dia a Igreja celebrou o V Dia Mundial dos Pobres, instituído pelo Papa Francisco.
A missa das 9h foi presidida pelo guardião do Convento da Penha, Frei Paulo Roberto, que no início da celebração acolheu a todos os presentes, em especial a caravana de coroinhas de Vitor Hugo. Ele também pediu uma salva de palmas pela natureza, em especial a chuva que nos brindou nos últimos dias e ao sol que saiu tão belo neste dia.
Em sua homilia Frei Paulo recordou de uma passagem de sua vida, na Baixada Fluminense, onde um grupo religioso entregava panfletos, dizendo que a situação deveria ficar muito pior para que Deus intervisse. “Eu acreditava que a religião seria um lugar de consolo e alento, não de que as coisas deveriam se reduzir a zero, para que Deus intervisse”, comentou o frei.
Continuou frei Paulo: “Este catastrofismo que é pregado por aí, é até de certa forma confortável. Eu preciso mudar? Não, vai acabar mesmo, então o que eu vou fazer? Comamos e bebamos, por que amanhã morreremos. Esta visão é descomprometida, esta visão revela em nós um certo medo, mas sobretudo uma falta de compromisso com o Evangelho”.
O guardião do Convento falou que Deus ao se encarnar frágil, nos mostra que esta fragilidade é capaz de grandes coisas. E que como Igreja todo o povo é capaz de viver as promessas de Deus. “Suas Palavras que valeram para ontem, valem para hoje e valerão para amanhã. ‘Minhas Palavras não passarão’. Ao invés de cruzarmos os braços e deixar que Deus um dia julgue, derrame sobre nós fogo e enxofre, derrame sobre nós a destruição, que nós façamos o que diz a Primeira Leitura: ‘Aqueles que forem sábios, aqueles que permanecerem fiéis, aqueles que instruírem as pessoas na justiça, são amigos do Senhor'”, exortou ao povo.
Continuou o presidente da celebração: “Nós ganhamos de presente do Papa Francisco, o Dia Mundial do Pobre. Este dia é um convite insistente e revigorante para que nós tenhamos olhares novos. Olhar e celebrar o dia do pobre é olhar para Jesus Cristo, como o principal pobre. Jesus Cristo não tinha lugar para nascer, nasceu no escondimento atrás de todas as casas, nasceu pobre entre os pobres. O Pobre por excelência, Jesus, se entregou nu no mistério da cruz, não tinha nada, pobre. Deus se esconde atrás da humilde aparência de pão. Na pobreza de Jesus Cristo, a nossa grande vitória”.
“Celebrando o dia do pobre e olhando para Jesus Cristo, nós vamos enxergar o nosso irmão e a nossa irmã com um outro olhar, não vamos mais ter medo dos pobres. Não vamos mais confundir a pobreza evangélica, com indiferença e exclusão. Nossa irmã e irmão pobre revelam a Jesus, são um sinal evidente da predileção de Deus, pelos nossos queridos. Pobreza é diferente, liberdade e geradora de liberdade”, explanou o celebrante.
Frei Paulo, convidou a todas na expectativa de tempos novos, na figueira que vai florir, que nos torna homens e mulheres comprometidos com a vida. “Deus vai reunir de todos os cantos da Terra, àqueles que no seu dia a dia, semearam a alegria de anunciar o Santo Evangelho”, concluindo sua fala e dando esperança a todos.
Após a comunhão, mais uma vez o frade saudou aos coroinhas presentes: “Servir ao Altar é sempre uma boa decisão, que mais pessoas decidam por isso. E nós todos no Dia Mundial dos Pobres somos convidados a servir ao Altar da vida.”. E lembrou que dar esmola é um gesto belíssimo, mas ainda não é suficiente, devemos partilhar.
O frei ainda aproveitou a ocasião para divulgar a Festa da Penha 2022 que acontecerá entre os dias 17 e 25 de abril e reforçou que para ter romaria e eventos presenciais durante a festividade, é necessário atingir a cobertura vacinal de 80% no estado. “Então quer ter Festa da Penha? Vamos vacinar!”
O Natal está chegando, e o melhor presente que podemos dar é nosso comprovante de vacina e assim, nós poderemos celebrar juntos a Festa da Padroeira do Espírito Santo, de forma bonita e alegre.