Que Maria Santíssima, Virgem Imaculada, arca da nova e eterna aliança, nos acompanhe neste caminho ao encontro do Senhor que vem! N’Ela encontramos realizada, na forma mais perfeita, a essência da Igreja. Esta vê em Maria, « Mulher eucarística » — como A designou o servo de Deus João Paulo II (253) —, o seu ícone melhor conseguido e contempla-A como modelo insubstituível de vida eucarística. Por isso, preparando-se para acolher sobre o altar «verum corpus natum de Maria Virgine – o verdadeiro corpo nascido da Virgem Maria», o sacerdote, em nome da assembleia litúrgica, proclama com as palavras do cânone: « Veneramos a memória da gloriosa sempre Virgem Maria, Mãe do nosso Deus e Senhor, Jesus Cristo ».(254) O seu nome santo é invocado e venerado também nos cânones das tradições orientais cristãs.
Por sua vez, os fiéis « recomendam a Maria, Mãe da Igreja, a sua existência e trabalho. Esforçando-se por ter os mesmos sentimentos que Maria, ajudam toda a comunidade a viver em oferta viva, agradável ao Pai ».(255) Ela é a Tota Pulchra, a Toda Formosa, porque n’Ela resplandece o fulgor da glória de Deus. A beleza da liturgia celeste, que deve reflectir-se também nas nossas assembleias, encontra n’Ela um espelho fiel. D’Ela devemos aprender a tornar-nos pessoas eucarísticas e eclesiais para podermos também nós apresentar-nos, segundo a palavra de São Paulo, « imaculados » perante o Senhor, tal como Ele nos quis desde o princípio (Col 1, 22; Ef 1, 4).(256)
Papa Bento XVI