Paz e Bem.

Celebrando a Solenidade da Epifania do Senhor, a manifestação do amor de Deus que encarnou na história da humanidade no Menino de Belém, centenas de fiéis participaram da tradicional Missa no Campinho do Convento, às nove horas da manhã. A Eucaristia foi presidida pelo Frei Robson de Castro Guimarães, onde lembrou que embora nuvens escuras tentassem ofuscar a importância do mistério, a grandeza de Deus se manifestou e em poucos minutos afastou a “escuridão e a chuva”, trazendo de volta a claridade do sol, da luz radiante que brilha.

No início da Missa, Frei Alberto Manuel Gamba, estudante de filosofia que está passando férias fazendo estágio no Convento, animou os fiéis, acolhendo a todos e dando as boas vindas, na sequência, depois da saudação inicial do Frei Robson, uma nuvem escura encobriu a todos, logo depois uma chuva copiosa caiu no Campinho. O presidente da Celebração pediu que aqueles que estivessem sem proteção contra a chuva, buscassem abrigo no palanque e assim aconteceu.

“Fomos pegos de surpresa por uma visita da irmã chuva, que está caindo de forma bastante forte sobre nós, mas vamos pedir a Deus que também é o criador da chuva, para que ela nos traga bênçãos e renove nosso compromisso de acolher Jesus como nosso Rei, Senhor e Deus, e que esta chuva seja sinal dessa limpeza espiritual que devemos fazer a cada ano, quando trocamos o ano civil, vamos pedir a bênção de Deus sobre esta água”, disse Frei Robson ao começar a reflexão.

Na breve homilia, o frade explicou que a manifestação de Deus se dá na simples aparência de uma criança deitada numa manjedoura. “Hoje celebramos a solenidade da Epifania do Senhor, que se manifesta ao mundo na modesta e simples aparência de uma criança recém-nascida. Quem de nós, ao nos depararmos com uma criança, nós não ficamos emocionados? Toda criança traz em si uma luz diferente. A pele da criança é diferente da nossa como adultos, o cheiro da criança (o perfume da criança) é diferente de nós adultos, a maneira de olhar para nós e para as coisas, porque seus olhos começam a perceber a realidade que existe fora do mundo do ventre de sua mãe… Este olhar é diferente, a maneira de se expressar é diferente… Toda criança que vem a este mundo traz uma luz diferente e Jesus não foi diferente. Nele brilha uma força de uma presença de alguém que nossos olhos corporais não são capazes de enxergar que é o próprio Deus. Em Jesus tem um brilho todo especial. Os reis magos vão ao encontro desta criança, não simplesmente para visitar mais um que nasce, mas vão visitar a Deus que vem a este mundo, assumindo nossa condição humana, carne da nossa carne, sangue do nosso sangue, ossos dos nossos ossos… Esta criança tem um propósito, um destino, que é unir a todo ser humano que veio, que está e que virá a este mundo a partir de uma única verdade: Deus quer sempre nos unir como família Dele, Jesus veio nos trazer esta verdade. Cada um de nós, sem exceção, é um pedacinho de Deus e fazemos parte desta única e grande família. Esta é a mensagem que esta criança, a qual os magos encontram hoje, quer nos mostrar”, disse.

Por fim, Frei Robson pediu que possamos “apresentar ao Senhor também os nossos presentes, a nossa presença neste lugar (o Convento) apesar de todas as dificuldades climáticas, o nosso tempo que nos dispomos a estarmos como Ele e nosso coração aberto para recebê-Lo como nosso Deus e Senhor para adolá-Lo”, concluiu.

Confira a homilia na íntegra abaixo: