HISTÓRIA DO CONVENTO: Painel de Nossa Senhora das Alegrias de 1558

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Paz e Bem!

A devoção dos portugueses que colonizaram terras Espírito-Santenses era forte com Nossa Senhora. Inicialmente, a devoção à Nossa Senhora das Alegrias, também invocada como Nossa Senhora dos Prazeres.  Com a construção da Capela do Convento, sobre o alto do penhasco, passou-se a denominar Nossa Senhora da Penha a imagem do Altar-Mor, título proveniente de penhasco (pedra), referindo-se primitivamente mais ao lugar do que a uma virtude da vida de Nossa Senhora. A devoção original é Nossa Senhora das Alegrias, advinda das Sete Alegrias de Maria, título esse atribuído à Maria Santíssima, Mãe de Deus, alicerçado na tese dos Santos Padres que afirmam, desde o Século IV até os nossos dias, que Cristo, após sua ressurreição, visitou primeiro a sua Mãe.

O Quadro da pintura de Nossa Senhora das Alegrias foi trazido por Frei Pedro Palácios, fundador do Convento, em 1558. De acordo com a história, o Frade espanhol, “ao chegar à Vila do Espírito Santo, em 1558, dirigiu-se à Igreja do Rosário, na Prainha, e, ao ver o desregramento dos colonos, compreendeu por que viera de tão longe. Trazia, nas mãos, um quadro de Nossa Senhora das Alegrias, trazido de Portugal, e se abrigou numa caverna, aos pés do morro, junto à prainha local. Lá vivia com um gato, um cão e um sr. amigo seu companheiro até a morte. Mais tarde, construiu uma cabana, no campinho, ao pé do penhasco, onde planejava construir uma ermida para Nossa Senhora. Foi o primeiro eremita do Brasil, segundo Machado de Oliveira e também o primeiro franciscano em terras capixabas.”

Atualmente o Painel de Nossa Senhora das Alegrias está posicionado na parede  à direita no interior da Capela, ladeado por um Retábulo com a Imagem do Bom Jesus (à esquerda) e por um púlpito suspenso (à direita). O visitante, quando entra na Capela, já avista e identifica o quadro. Há também identificação e informações sobre a obra.

INFORMAÇÕES DETALHADAS

A pintura representa Nossa Senhora segurando o Menino Jesus ao lado direito, com a cabeça inclinada para a direita em contato com a face do Menino. Ambos apresentam coroa ricamente adornada por pedras preciosas. A retratação aplicada sobre tecido (aparentemente linho), de trama média e estrutura em tafetá. Base de preparação fina, cor clara e aplicação de tinta regular. Na década de 1940 foi realizada uma intervenção de restauro, tendo sido utilizado (provavelmente) uma cera para a realização do reentelamento, o que tonalizou mais a imagem. As dimensões são: 0,75m de altura, 0,56m de largura, da pintura. Já a moldura possui 1,35m de altura e de largura.

Esta obra passa por processos de limpeza e manutenção da moldura, anualmente. O responsável pelos processos, o restaurador Ailton Costa, explica que às vezes a limpeza do quadro é feita até duas vezes por ano já que a obra possui mais de 450 anos.

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