Paz e Bem!
Vamos conhecer um pouco mais da história do Convento da Penha?
Você sabia que o Altar principal do Santuário passou por um processo de restauração que durou dois anos?
Marco da arquitetura do período colonial brasileiro, o conjunto do Convento da Penha foi tombado como Patrimônio Histórico e Cultural pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), no ano de 1943.
A restauração do Altar Mor do Convento, começou em janeiro de 2009 e foi concluída no dia 17 de dezembro de 2011.
O projeto de restauração incluiu, além do Altar Mor, o Arco do Cruzeiro do interior do Convento e esteve sob coordenação dos restauradores Ailton Tadeu Costa e Catarina de Cássia Zambe Costa. Depois de muita pesquisa, a dupla encontrou as camadas originais do altar. O estilo artístico rococó, baseado em cores claras, tons pastéis e predominância do dourado, compõem o cenário de um dos santuários marianos mais visitados no Brasil e o ponto turístico mais visitado do Espírito Santo, o Convento da Penha.
O Altar Mor abriga a Imagem original de Nossa Senhora da Penha, trazida de Portugal em 1569. A imagem é ladeada por anjos e querubins e honrada com as imagens dos maiores santos franciscanos: São Francisco de Assis e Santo Antônio de Pádua. A última vez que o Altar havia sido restaurado foi em 1910. Há mais de 200 peças de 19 tipos diferentes de mármore que adornam o retábulo e colunas. Possui cuidadosa talha de madeira dourada do escultor italiano Carlo Crepaz, adotando a caligrafia de ornamental do ecletismo pontuada por capitéis, coríntios, festões, guirlandas com elementos vegetalistas, medalhões, anjos e frontão, datando do século XIX.
No interior do Convento, o espaço mais expressivo é o da Igreja com sua preciosa Capela-Mor. O interior da igreja é revestido, parcialmente com madeira em cedro, entalhada com motivos fitomorfos, executada pelo escultor português José Fernandes Pereira, nos anos de 1874 a 1879, inclusive o assoalho com trabalho de marchetaria que no ano de 1980 foi reformado.
“Encontramos duas camadas de tinta em cima do douramento do altar, algumas partes estavam comidas por cupim. Abrimos pedaços na estrutura para encontrarmos uma sequência lógica para o trabalho de restauração. Usamos resina para restaurar os defeitos. Os trabalhos exigiram um tempo maior que o previsto para término, visto que a execução do restauro consiste em preservar a identidade idêntica ao original, sem alterar qualquer centímetro que seja”, informou o restaurador Ailton sobre a última restauração, concluída em 2011.