“Cura, Senhor, onde dói. Cura, Senhor, bem aqui! Cura, Senhor, onde eu não posso ir”
Paz e Bem.
Foi entoando a bela canção de autoria de Suely de Faria, – na Penha interpretada pela Roselene Gonçalves e sua equipe de música-, que dezenas de fiéis, principalmente idosos, doentes e pessoas com mobilidade reduzida, celebraram a “Missa da Saúde” no Campinho do Convento. A Celebração já é uma tradição de todas as quartas-feiras, principalmente pela característica dela ser mais voltada ao público que necessita de uma intercessão na saúde.
Frei Pedro Engel fez a acolhida inicial, apresentando as preces gerais para a Missa e interiorizando os fiéis à oração pessoal, colocando no coração de Deus cada pedido de cura, de intervenção divina em problemas de saúde e muitas outras motivações. A Eucaristia foi presidida pelo Frei Robson de Castro Guimarães.
Na observada homilia, Frei Robson iniciou explicando que o Convento da Penha está num local que permite abraçar a todos, indistintamente, e ainda que na Penha, os fiéis se encontram com a Mãe de Jesus. “Ao escolher esta montanha, Nossa Senhora escolheu, porque ao chegarmos aqui em cima e olharmos em 360 graus em que vamos ver as três belezas criadas por Deus: o mar, a floresta e o conjunto de montanhas. Diante dessa beleza que os nossos olhos são capazes de contemplar, nos surge uma pergunta: quem criou tudo isso? Não há uma outra resposta a não ser da figura de um Criador que cuida de tudo como o Seu jardim. Então, Nossa Senhora escolheu este lugar sagrado para que aqueles que subissem essa montanha e não tivessem fé, contemplassem Deus através de sua criação; e aqueles que têm a fé, pudessem sentir uma força, uma energia de uma presença que nossos olhos corporais não são capazes de enxergar ainda, mas que é a presença dela. Ela está presente aqui, nesta subida, lá em cima… Este lugar é realmente sagrado porque pertence à ela”, disse o frade.
Sobre a liturgia da Palavra, Frei Robson encorajou os fiéis a enfrentar os acontecimentos da vida com serenidade, porque Deus tem a última palavra. “Aprendemos hoje que a última palavra sobre todas as coisas, os acontecimentos, será sempre a de Deus. Mesmo que tenhamos que enfrentar desastres, catástrofes, mortes (pessoas que morrem na nossa família, às vezes morrem na flor da idade), Deus é Aquele que tem a última palavra sobre todas as coisas. Diante de um desastre ou um acontecimento trágico da vida, Deus vem e transforma aquilo num verdadeiro milagre… Quem tem a última palavra sobre todas as coisas, não é o homem, mas sempre será a pessoa de Deus. Ele pode transformar uma situação difícil em uma graça, em uma bênção”, explicou.
Ainda falou sobre o Evangelho ( Jesus virá uma segunda vez, nós cremos nisso e Ele nos prometeu. Ele virá de uma forma gloriosa para nos trazer, para trazer toda a humanidade diante de Deus, o Seu Pai. Se tudo teve um princípio, um começo, tudo terá um fim, mas não é a destruição. Esse fim é toda a criação, tudo que existe estará diante dos olhos de Deus, e estaremos louvando a Deus, bendizendo por ele um dia ter nos dado a possibilidade de nascermos e vivermos. Estaremos vivos e ressuscitados diante Dele. Jesus não quer criar em nós uma desesperança. A esperança e a fé são como duas irmãs gêmeas univitelinas, ou seja, uma não vive sem a outra”, concluiu o frade.