Frei Robson: “Depois de Deus, pai e mãe são as pessoas mais sagradas que temos”

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Paz e Bem!

Centenas de fiéis, especialmente idosos e pessoas com mobilidade reduzida, subiram ao Campinho do Convento na tarde da última quarta-feira (26) para a tradicional “Missa da Saúde”, celebrada todas as quartas aos pés do Santuário de Nossa Senhora da Penha. A Eucaristia foi presidida pelo Frei Robson de Castro Guimarães e teve a presença do grupo de cantos da Roselene Gonçalves, do sr Jerônimo e outros amigos.

Ao iniciar a Missa, depois de todos cantarem “cura Senhor onde doi”, Frei Pedro Engel (que fez o comentário inicial) lembrou que a chuva que caiu sobre o estado, ajudou a deixar a paisagem mais bonita. “Deus seja louvado porque está um tempo bom e a chuva como ação de graças, que tanto pedimos, irrigou a terra, deixou as plantas viçosas, bonitas e a gente fica cheio de amor de Deus, né? Isso que é bom!”, disse.

Já na homilia, Frei Robson lembrou que o Convento é um lugar privilegiado para ação de Deus e intercessão de Nossa Senhora, já que a Mãe Santíssima escolheu por sua morada o alto de uma montanha. “Nós que subimos ao alto desta montanha, para que no meio desta tarde pudéssemos celebrar a Eucaristia, neste lugar sagrado, percebemos que este lugar realmente é diferente dos outros, porque Nossa Senhora escolheu esta montanha para que aqui, no alto dela, se construísse aquela Igreja que é uma Casa de Oração e de Encontro dela com seus filhos e suas filhas, e isso já se vão 450 anos. Ela sabia que muitos daqueles que subiriam a esta montanha, obviamente movidos pela fé e amor a Deus, viriam para encontrar-se com ela, com Deus, para alimentar a sua fé… Ao chegar ao alto desta montanha, crentes ou não crentes, nós nos deparamos com as três belezas naturais criadas por Deus: o mar, a floresta e as montanhas. Diante dessas três belezas, antes de entrarmos naquela Igrejinha lá em cima, ficamos estupefatos com tamanha beleza e diante disso, nos surge uma pertunta. ‘Quem criou tudo isso?’ Depois, ‘quem mantém tudo isso?’ Não há uma outra resposta, a não ser de um Criador, de alguém que pensou, criou e que sustenta todas essas coisas. Então, crentes ou não crentes, amando a Deus ou não, nos tornando filhos dela ou não, ao descermos o alto desta montanha, nós não descemos da mesma forma como aqui subimos. Algo sempre vai nos impactar, ou a beleza da natureza que nos cerca ou a fé que nos traz até aqui”, disse frade.

Falando sobre a Liturgia da Palavra, o frei explicou o quarto mandamento da Lei de Deus, presente na narrativa da carta de São Paulo aos Efésios (6,1-9). “A leitura diz: ‘Honra teu pai e tua mãe’ é o primeiro mandamento que vem acompanhado de uma promessa: ‘a fim de que tenhas felicidade e longa vida sobre a terra’, por que ele diz que este é o primeiro mandamento? Dos dez mandamentos, os três primeiros falam do nosso relacionamento com este que criou tudo isso que vemos aqui, Deus! Do quarto mandamento em diante, fala de como nós devemos nos relacionarmos entre nós. São Paulo coloca que destes relacionamentos o primeiro mandamento é honrar pai e mãe, porque abaixo de Deus, as pessoas mais sagradas que temos nesta vida são pai e mãe. E existe uma condição para quem quer viver um bom tempo nesta vida e encontrar o caminho da felicidade. Ele diz honre teu pai e tua mãe, principalmente no tempo da velhice e da saúde não estão mais presentes na vida dos nossos pais, portanto, nossos pais são pessoas sagradas para nós. Os filhos que não dão a devida atenção e amor aos seus pais, não encontrarão a felicidade e não terão vida longa. Porque cuidando dos pais, estamos agradecendo a oportunidade que Deus nos deu de estarmos nessa existência”, falou Frei Robson.

“São Paulo ainda vai dar um conselho aos pais. Pais não revolteis os vossos filhos contra vós. O que significa essa expressão? São, muitas vezes, aqueles pais e mães que sempre têm um preferido. Todos deveriam ser tratados da mesma maneira e da mesma forma, mas sabemos que isso muitas vezes não acontece. Os ‘preferidos’, em que principalmente a figura da mãe, ao se dirigir a eles, vem com o título de ‘meu príncipe’. Isso gera na vida dos outros irmãos, revolta. Ser tratados de forma diferente nos causa mágoa sim. Precisamos ser tratados da mesma maneira, para que não haja divisão dentro da família”, refletiu Frei Robson.

Ainda no contexto de questões familiares, Frei Robson lembrou que no passado, manifestação de afeto e carinho era sinal de fraqueza. “É como se fosse perder o controle sobre a vida e educação dos filhos. Nós ouvimos muito ‘não pode’, ‘não vai’, ‘não faça’, isso, de certa forma, nos criou mágoas e uma certa revolta, que precisamos pedir a Deus que tire isso do nosso coração… São Paulo vai dizer ainda ‘recorrei à disciplina’, ou seja, na hora de dizer um ‘não’ é ‘não’, na hora de dizer ‘sim’, é ‘sim'”, enfatizou.

Quando explicou o Evangelho (Lucas 13,22-30), Frei Robson de Castro falou da “porta estreita” mencionada por Jesus. “Mas que porta estreita é essa? É o caminho da justiça! O que é ser justo diante de Deus? É fazer aquilo que é correto. A justiça sempre tem de prevalecer. Deus não faz acepção de pessoas!”, finalizou.

Confira a homilia na íntegra abaixo.


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