Frei Robson: “Com suas obras, Jesus mostra que é o Filho da Luz”

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Paz e Bem!

Depois de duas semanas de chuvas intensas que causaram muitos alagamentos, enchentes, deslizamentos de encostas e interdição de rodovias, o tempo chuvoso deu uma trégua e sob um sol forte e grande calor, fiéis e romeiros de várias partes do Estado subiram ao Convento da Penha para as celebrações do 3º Domingo do Advento, tempo de preparação para a vinda do Menino de Belém.

A Missa das 9 horas foi presidida pelo Frei Robson de Castro Guimarães e teve a participação do conjunto de homens da Paróquia Santíssima Trindade, do bairro Vila Capixaba, Cariacica, na animação dos cantos. A ambientação muito propícia para celebrar o Dia do Senhor, neste Domingo da Alegria, ajudou a criar o clima de oração e expectativa da recordação do Nascimento do Salvador. No Campinho há uma cena do presépio, com a Virgem Maria, São José, o Menino Deus e o anjo.

Ao iniciar a Celebração, a voluntária Araceli exaltou a alegria da Liturgia que vive a esperança da proximidade com a festa do Natal. “Alegremo-nos no Senhor, pois Ele está próximo. Reconhecendo seu agir benevolente em nossa vida, queremos nos deixar contagiar pelo anúncio de salvação que Ele nos faz nesta liturgia. A chegada do Salvador afasta de nós o desânimo e firma nossos passos no caminho do Evangelho”, animou.

No início da Eucaristia, Frei Robson apresentou o frade estudante Alberto Joaquim Manuel Gamba. Ele vai ficar no Convento da Penha até o início de fevereiro. Concluiu o 2º ano de filosofia e em 2023 vai para o 3º ano. “Que a presença de vocês aqui seja bem frutuosa para vocês e para nós”, disse o anfitrião ao confrade.

Frei Robson lembrou, no começo da homilia, que o Advento é um tempo de uma certa ansiedade. “Nós estamos acompanhando Nossa Senhora, que neste tempo recebe o título de Nossa Senhora do Advento, porque ela também aguarda com uma ansiedade, com uma alegria, a dar a luz o Seu Filho Primogênito. No primeiro nascimento ela encontrara-se completamente sozinha naquela gruta em Belém para dar a luz ao seu filho. Os anjos não puderam entrar naquela gruta para ajudá-la porque a dignidade de tocar na mãe e no filho só foi dada a nós. Só nós podemos entrar, tocar, abraçar, acolher, beijar, tomar a criança recém nascida ao colo e adorá-lo. Aos anjos essa dignidade não lhes foi dada. Se no primeiro Natal, Nossa Senhora encontrava-se completamente sozinha (ela e Deus) para esse momento sublime e mais sagrado na vida de uma mulher que é o momento do parto, desta vez ela encontrará a presença de milhares de milhões que a amam e também amam seu Filho, estaremos unidos a eles na noite sagrada do Natal”, disse.

Ainda falando sobre o “Tempo da Luz” que é o Natal do Senhor, o frade reafirmou que Jesus é a Luz da Vida. “Natal é a festa da luz! O próprio Jesus se autodenomina como a Luz da Vida… ‘Quem me segue não andará nas trevas (trevas do erro, do pecado, das dificuldades humanas), mas terá a luz da verdadeira vida. Jesus veio a este mundo para nos trazer a salvação. Que salvação é essa? Salvar-nos primeiramente de nós mesmos, do nosso pequeno ‘eu’ egoísta que acha que somos os ‘senhores da vida’, no entanto, cada um de nós é pedacinho de Deus, nossa primeira origem não é o ventre da mãe, nossa primeira origem é Deus, de Deus nós saímos para o ventre materno onde ganhamos carne, ossos e sangue. Ao terminarmos essa vida terrena, voltaremos para aquele que é o princípio de tudo que é o próprio Deus”, comentou Frei Robson.

Já sobre as leituras, o celebrante recordou primeiro que Isaías 35,1-6.10 fala do povo que preferia permanecer na Babilônia. “O povo que está no período de volta para a Terra Prometida e muitos dos que estavam na Babilônia não queriam voltar, porque já estavam com a vida estabelecida. Retornar para Jerusalém seria o significado de ter que levantar e retornar uma nova vida. Deus faz uma série de promessas a eles… Deus tem saudades daquele povo, ele não quer ficar longe deles. Deus quer ficar próximo a eles, mas para que eles se tornem próximos eles precisam retornar à Jerusalém e Deus vai dar alguns sinais dessa presença”.

Por fim, Frei Robson explicou o Evangelho (Mateus 11,2-11). “João Batista, que se encontra preso a pedido de Erodíades, porque ele denunciava o relacionamento de adultério entre Herodes e ela (era casada, esposa do seu irmão Felipe) e ela abandonou o marido para ficar com o irmão que era rei e João Batista não aceitava isso, fora preso por dizer a verdade. Ele fica sabendo a respeito de Jesus e manda seus discípulos irem a Jesus e perguntar se é ele mesmo ou se devemos esperar outro. A resposta de Jesus não é nem sim e nem não. Ele fala a partir de suas obras. ‘os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados’. O que Jesus quer dizer com isso? São com as suas obras que Jesus vai mostrar que Ele realmente é o Filho da Luz, Ele é Deus como o Pai no Céu. Nós somos cristãos que seguimos a Jesus, que é o Mestre da Luz, também com nossas obras, possamos dar testemunho da nossa vocação”, concluiu.

Assista a homilia completa abaixo:

Antes da bênção final, como de costume, Frei Robson fez um momento de prece diante da Imagem de Nossa Senhora da Penha, suplicando a proteção da Virgem das Alegrias sobre os romeiros, devotos e fiéis presentes, e também aqueles que acompanhavam a transmissão pelas redes sociais.


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