Paz e Bem!
Com clima agradável, ventos fortes, chuva fina e temperatura bem satisfatória. Este foi o ambiente da Celebração das 15h, desta quarta-feira, Semana Nacional da Família. A tradicional Missa da Saúde, hoje, com as famílias, foi celebrada pelo Frei Pedro de Oliveira Rodrigues, no Campinho do Convento. Apesar do frio, os fiéis participaram e subiram à Penha para rezar. Dezenas de famílias participaram.
Às 14h teve início a Oração do Santo Terço, conduzida por voluntários do Convento. Nas intenções de cada mistério, foram colocados os nomes das famílias, pais, mães e filhos. Especialmente no quinto mistério os devotos rezaram por todas as famílias, refletindo um breve instante sobre o tema da Semana da Família: “A Família, como vai?”. Minutos antes do início da celebração os presentes cantaram o refrão da Oração pela Família, do Padre Zezinho. “Abençoa Senhor, as famílias, amém! Abençoa Senhor, a minha também…”
Frei Pedro de Oliveira iniciou a celebração saudando os fiéis presentes e contando um pouco sobre a “heroica atitude” de São Maximiliano Maria Kolbe, franciscano, chamado de “Mártir da Caridade”, o qual o dia hoje celebramos. São Maximiliano preferiu entregar a própria vida no lugar de um pai de família que estava na fila dos condenados à morte junto com outros dez prisioneiros. O homem chamado Francisco, começou a chorar e, em alta voz, declarou que tinha mulher e filhos. Maximiliano não pensou duas vezes, solicitou ao carrasco para ir no lugar do pai de família e o comandante concordou. Todos os dez, despidos, ficaram numa pequena, úmida e escura cela dos subterrâneos, para morrer de fome e sede. Depois de duas semanas, sobreviviam ainda três com Padre Kolbe. Então, foram mortos na câmara de gás, para desocupar o lugar. “Celebrando hoje a memória de São Maximiliano Maria Kolbe, aquele que deu a vida pelo seu irmão. Ele considerou mais importante a vida do outro do que a sua. Foi fiel ao mandamento do Senhor”, disse o Frei.
Na homilia, Frei Pedro disse: “A Primeira Leitura nos fala da intimidade de Moisés com o Senhor, ele foi fiel e mesmo não concordando com algumas propostas de Deus, procura atender. Mesmo que não entenda, mesmo questionando algumas vezes, ele se manteve fiel, obediente. E nós? Muitas vezes agimos como Moisés, às vezes duvidamos ou não conseguimos entender, mas é preciso nos calarmos. É preciso calar para que Deus fale e como é difícil calar, como às vezes é difícil entender a vontade de Deus. Mesmo sem entender, Deus o leva até a Terra Prometida. Moisés foi um servo fiel! E Deus também foi fiel com ele! Deus cumpriu a promessa na vida de Moisés e de seu povo”, explicou.
Ao refletir sobre o Evangelho de hoje, Frei Pedro explicou a chamada “correção fraterna”, dentro do contexto da importância do outro da nossa vida. “O nosso próximo é tão importante para nós, é nosso irmão, por isso não podemos desistir do outro e às vezes desistimos facilmente. Muitas vezes, com uma crítica, já isolamos o outro, já nos afastamos, ignoramos… O meu próximo não me tratou como eu deveria ser tratado, aí não trato mais ele com carinho. ‘Pra mim, fulano morreu!’, muitos de nós dizemos isso. Mas a Palavra de Deus diz que se fomos tratados de uma forma que não gostamos, devemos chamá-lo e sentarmos para dialogar e não sair por aí fazendo intriga, fofoca… Fazer uma correção na atitude do outro e reconhecer nossos erros. Isso é correção fraterna, mas não é fácil, o nosso ego às vezes fala mais alto. O Evangelho nos ensina que devemos fazer diferente. Sentar, conversar, resolver, porém, se ela continuar irredutível, chame duas testemunhas e mostre que você fez sua parte e tentou corrigir. Isso tudo é para ganhar o irmão, essa insistência é para lembrar que o outro é importante para nós”, disse Frei Pedro
Por fim, antes da Bênção Final, os fiéis fizeram a Consagração das Famílias à Nossa Senhora da Penha, cantando e rezando.