Frei Paulo: “Tempo de rezar pelas vocações e perceber o chamado de Deus na própria vida”

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Paz e Bem!

A Igreja reserva o mês de agosto nas intenções de oração pelas vocações. Sempre no primeiro domingo do mês, rezamos pelos sacerdotes. Ontem, 18º Domingo do Tempo Comum, a Liturgia trouxe a reflexão sobre desapego aos bens materiais e preocupar-se em não juntar riquezas, mas partilhar, dividir, ajudar.

A Missa das 9h, celebrada na Capela do Convento, foi presidida pelo Frei Paulo Roberto Pereira, Guardião. Ele explicou porque da importância de, no mês da vocações, se rezar por todas as vocações, sobretudo tudo da vocação de si mesmo. “Eu não sei porque, mas o mês de agosto era tido como o mês do desgosto, sempre se repetia isso. Eu acho que é só por conta da rima, uma rima infeliz! Um outro jeito de olhar para agosto, era ‘mês do cachorro louco’. Também não entendo de onde vem isso. Mas ainda bem, que há muito tempo, com a graça de Deus e o ensinamento da Igreja, passou a ser o mês das VOCAÇÕES. Tempo da gente rezar pelas vocações e mais que isso, perceber o chamamento de Deus na vida de cada um de nós. Porque quando a gente diz ‘vocações’, corremos o risco de imaginar que é o mês dos seminaristas, das moças que querem ser freiras… Mês das vocações é o mês de toda a Igreja repensar a sua forma de responder: ‘sim, Senhor, aqui estou! Pode contar comigo, como pai de família, como mãe de família. Pode contar comigo como agente de pastoral! Pode contar comigo como um servidor do Evangelho na política, na sociedade, onde quer que eu estiver… Eu quero ser servidor do Evangelho, eu quero ser presença viva do Evangelho nas periferias existenciais e nas periferias geográficas do nosso mundo.’ Cada um de nós é chamado, a neste mês de agosto, rezar agradecidamente por Deus ter nos chamado para ser sinal da presença d’Ele onde quer que estivermos. Todos nós somos vocacionados e vocacionadas!”, afirmou Frei Paulo.

Ainda na partilha da Palavra, o Frei comentou algumas lições do Evangelho. “Acertar o endereço, é a primeira lição do Evangelho. Às vezes a gente confunde o endereço. Se temos algo para falar com a nossa esposa, a gente vai falar para nossa mãe. A gente tem uma questão pra resolver com o nosso vizinho, ao invés de ir falar com ele, a gente vai falar com o vizinho do outro quarteirão… Tem um assunto pra ser resolvido com o colega de trabalho, a gente vai falar com o chefe… Errou o endereço. Se a gente quer de fato, promover o entendimento, tem de falar com a pessoa certa, se não aumenta o desentendimento, gera mais confusão. Muitas vezes apresentamos problemas a Deus que nós mesmos podemos resolver… E completou “existe um pensamento que diz assim ‘a gente consome nossa saúde pra juntar dinheiro, depois consome todo dinheiro pra cuidar da saúde. Que inversão é essa? Que escolhas são essas, que fazem a gente gastar toda a nossa energia para acumular coisas? Em função de que? Não se trata de vivermos na preguiça… A vida exige de nós empenho, empreendimento. É verdade, precisamos ser ativos, construir coisas… Mas devemos ter cuidado com a injustiça! O acúmulo gera injustiça! É necessário que a gente se empenhe para ter o mínimo de conforto ao menos e que todos tenham o mínimo necessário para viver com dignidade”, disse o frade.

Confira a reflexão completa abaixo

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