Frei Paulo Roberto: “Santidade é esvaziar-se de si mesmo e encher-se de Deus”

Compartilhe:

Paz e Bem!

Na Santa Missa das 9h deste domingo, Solenidade de Todos os Santos e Santas de Deus, o Frei Paulo Roberto Pereira, Guardião do Convento, presidiu a Eucaristia, com presença de muitos romeiros, devotos e peregrinos de outros estados, especialmente as Romarias de Santa Bárbara d’Oste de Minas Gerais e da Paróquia Sagrada Família, Comunidade São Paulo da Cruz, Colatina, ES. Ao saudar a todos que acompanhavam pelo Facebook do Convento, pela rádio América e os fiéis presentes, o Frei rezou também, pelos jovens que iniciaram também no domingo o primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio, o ENEM.

Na homilia, Frei Paulo refletiu sobre a importância de celebrar o dia de Todos os Santos, que oficialmente é celebrado no dia 1º de novembro por toda a Igreja, mas que no Brasil, afim de que todos possam participar, a data é comemorada no primeiro domingo após o dia 1º de novembro. Ao explicar sobre a Segunda Leitura (1 João 3,1-3), ele disse que “o que Deus reservou para nós, o que Deus reservou para aqueles que são fiéis a Sua Palavra, o que Deus reservou para aqueles que se mantém na caminhada como discípulos e missionários do Senhor, é excepcionalmente grande e bonito. Então se o Convento já nos encanta, o céu deverá nos encantar ainda mais”, e fez uma ligação à celebração dizendo que é preciso sentirmos o “apelo à santidade“. 

Frei Paulo citou ainda sua experiência de infância quando, ao observar a vida dos santos, percebia que não “se encaixava em nenhum modelo de santidade”, pois a maioria dos santos viviam numa vida devassa, nada louvável e passaram pelo processo de conversão e outra parte já tinha uma vida de santidade, abandonando bens, fama, dinheiro e doando-se em favor dos pobres. Ele então, na época, concluiu que “o caminho de santidade era só para algumas pessoas. E normalmente a gente pensa isso, ‘a santidade é só para os outros’. Mas aí, então, a gente ouve no dia de Todos os Santos, no dia do convite a revigorarmos em nós o desejo da santidade, a gente ouve esse trecho belíssimo do Evangelho de São Mateus (Mateus 5, 1-12), escolhido para que nós todos compreendamos o caminho possível, acessível à todos que tem boa vontade… Para alcançarmos o desejo que o próprio Deus plantou no nosso coração, o desejo de estar na presença d’Ele, o desejo de testemunhar o Seu reinado: ‘Bem aventurados os pobres em espírito porque deles é o Reino do Céus’… Bem-aventurados, felizes, plenos, completos, realizados, são aqueles homens e mulheres que esvaziam-se de si mesmos, que abandonam a soberba, o orgulho, a vaidade, a raiva, o ódio, a truculência, a violência, os sinais de morte; esvaziados de si mesmos podem ser plenamente preenchidos pelo amor e pela bondade do Senhor. Santidade é dom de Deus!”, afirmou.

Ainda na reflexão, Frei Paulo Roberto, surpreendeu ao dizer da santidade nos nossos dias, onde podemos identificar pessoas santas que vivem na nossa era, onde “esvaziaram-se de si mesmas para encherem-se de Deus”. Ele citou o exemplo da santidade de uma mãe: “o que evidencia a santidade de uma mãe? Alguém preocupada excessivamente consigo mesma? Certamente não. Até a oração dela não é por ela mesma, a oração é pelo seus filhos. Um pai santo, é alguém preocupado em acumular coisas? Não. Tem a marca da generosidade, do cuidado… Nós sabemos disso. E muitas vezes escolhemos o caminho que nos afasta da santidade.”

Por fim, Frei Paulo afirmou que a santidade é necessária em todos os ambientes da nossa sociedade. “Nós cristãos temos um grande papel, afinal de contas ouvimos do próprio Mestre Jesus: ‘vós sois sal da terra, vós sois luz do mundo’, se o mundo prefere a escuridão é porque ainda não conhece as nossas obras, ainda dá tempo de brilharmos, de recuperarmos o sabor, a sabedoria do bem viver”, concluiu.

Assista homilia na íntegra abaixo.

Posts Relacionados

Facebook

Instagram

Últimos Posts

X