Frei Paulo Roberto: “Deus se revela na fragilidade humana”

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Paz e Bem!

Neste último domingo (06 de janeiro), celebração da Epifania do Senhor, a Santa Missa das 9h, celebrada na Capela do Convento, foi presidida pelo Guardião, Frei Paulo Roberto Pereira. Com presença de muitos turistas e visitantes, a Capela ficou bastante cheia. Ao acolher a todos, Frei Paulo disse que “somos muitos e somos todos irmãos. Este é o dom de viver a comunhão e a vocação de sermos cristãos católicos. Quem celebra perto de você é dom de Deus, é presente que Deus te deu”, em seguida pediu que todos se saudassem e desejassem um ao outro uma “boa celebração”.

Na Liturgia da Palavra, refletindo as Leituras (Isaías 60,1-6 e Efésios 3,2-3.5-6) e o Evangelho (Mateus 2,1-12), o Guardião começou dizendo que “embora ainda não vejamos mais nas lojas os enfeites do Natal, na Igreja ainda vivemos no tempo do Natal. O Natal é estendido ao menos 3 semanas, para que a gente possamos continuar a experimentar a alegre notícia que o céu veio morar na terra.” Fazendo uma simples comparação da vida com a subida ao Convento, ele exemplificou: “vir ao Convento, vai mostrando o ritmo que nossa vida deverá ter. Cada passo dado em direção do nosso objetivo é um passo bem calcado, passo bem decidido. Se não houver decisão por subir à esta montanha, a gente fica lá embaixo. Para vir aqui tem de ter clareza do objetivo”, afirmou.

Frei Paulo explicou ainda que o Convento é a casa de Nossa Senhora das Alegrias, as Sete Alegrias de Nossa Senhora. A celebração da Epifania é uma das alegrias relacionadas ao nascimento de Jesu, a visita dos Reis Magos. “Este tempo bonito do Natal, este tempo de recordar que Deus vêm e cumpre a sua promessa, não abandona o seu povo. Esse tempo de revigorar em nós o desejo da nossa vida ter sabor de céu, porque o céu veio morar conosco…”

O Frei ainda usou, em clima descontraído, um exemplo para uma melhor compreensão da Festa da Epifania, visita dos Magos. “Qual é o símbolo que leva os magos ao menino?! Uma estrela! Tá justificado. Quem torce para o Botafogo, já entendeu tudo… Os magos seguiram a estrela…”, disse.

Ele finalizou dizendo que a soberba é o contrário de reverência e que “tornar-se reverente é não ser ‘nariz empinado'” exemplificando que os magos, mesmo sendo conhecedores, doutores, eles fizeram-se simples, reverenciando o Menino Deus, adorando-O, afinal “vamos abandonando a soberba, o orgulho. Deus se revela nas pequenas coisas e esta foi a lição dos magos. O caminho de Belém, todos são convidados a fazer, porque ali vamos encontrar o Senhor da nossa história, o Deus da nossa salvação. Ele é digno de toda riqueza, por isso os magos levam à Ele, ouro. Ele é o Senhor de toda divindade, por isso os magos levam à Ele, o incenso. Poderoso, rico é o nosso Senhor, digno e portador de toda divindade. Mas também carrega em Jesus Cristo a nossa humanidade, nossa fragilidade, e precisa de cuidados. Por isso então, o menino nascido em Belém recebe mirra, que é remédio. Mirra é remédio, é cuidado. Na fragilidade humana Deus se revela. O irmão que convive com você é revelação de Deus, o idoso desprezado é Deus desprezado. A criança maltratada, é Deus maltratado. A gente precisaria renovar esse pensamento. Nós vamos nos tornando pessoas tão insensíveis, tão intolerantes, tão agressivas, que esquecemos desta missão. O irmão agredido, rechaçado, humilhado, é Deus revelado. Deus escolhe ser humano e nós queremos encontrarmo-nos com o Senhor. Por isso desejamos manifestar a nossa disposição de reconhecer a simplicidade, tornarmo-nos pessoas mais atentas, mais reverentes”, concluiu o Frei.

Assista a homilia na íntegra.

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