Frei Paulo Roberto: “Ação e oração. Ser Marta, mas também ser Maria”

Compartilhe:

Paz e Bem!

A Missa das 9h, deste domingo (22/07), celebrada na Capela do Convento da Penha, foi presidida pelo Guardião, Frei Paulo Roberto Pereira. Mesmo com o tempo frio, céu fechado, chuva intermitente e clima muito agradável, centenas de fiéis subiram ao Santuário da Penha para rezar. O encontro com o Senhor, a humanidade do mundo rezando na unidade da fé ao Cristo Ressuscitado. Com atenção, escuta e prática da Palavra de Deus, os fiéis celebraram a Santa Eucaristia, que também teve a participação de romeiros de diversos lugares, especialmente a Romaria da Comunidade Nossa Senhora Aparecida, distrito de Chapadão das Palminhas, Linhares-ES.

A Liturgia mostra a hospitalidade e da acolhida do amor de Deus a nós. O episódio de Marta e Maria, que ao acolher o Senhor, nos faz compreender que escutar o Mestre é o caminho para uma autêntica vivência da fé. Colocar em prática a oração é missão de todo cristão.

“Nosso Deus é um Deus reunidor. Ele nos trouxe até aqui, nos congrega, faz que nós façamos ‘convenção’, por isso o ‘Convento’. Convento significa isso, reunião de gente disposta a ouvir o que Deus tem a nos dizer e a viver a partir da Sua Palavra. A bondade do Senhor nos trouxe até aqui, somos todos irmãos, graça, presente que o Senhor nos concede”, assim foi a acolhida do Frei Paulo Roberto, aos fiéis, no início da Celebração.

Na reflexão das Leituras e do Evangelho, o Guardião, em tom descontraído, disse que partilhar a Palavra de Deus na homilia é um preceito semelhante aos agentes das empresas que ficam em supermercados entregando pequenas iscas de determinados produtos para que as pessoas possam experimentar e assim depois de gostarem do sabor, irão procurar uma porção maior para adquirir o produto. Assim também é a homilia: “não podemos dar tudo de uma vez, por isso só as ‘isquinhas’ assim sentiremos vontade de conhecer mais a Palavra de Deus”.

Frei Paulo explicou como no passado o povo era mais hospitaleiro, atento em receber bem, em acolher bem. “A visita, o irmão, é presente que Deus nos dá. A gente saía da gente mesmo e oferecia o melhor. Oferecer o melhor é o jeito de acolher, isso tem feito falta…”, disse ele. “Abraão, na Primeira Leitura, nem pergunta nada, se antecipa na necessidade dos hóspedes e diz ‘por favor fica na minha casa’. Os caminheiros que passavam no calor mais forte do dia, no lugar de maior intensidade e necessidade, eles estão passando e Abraão vai na direção deles. Antecipa a necessidade deles e oferece o que mais o caminheiro precisa: água, comida, sombra, oferece seu melhor. Se antecipa à necessidade do irmão, porque percebe nele grandeza, divindade…” e continuou explicando quando esses homens afirmam a Abraão que a promessa de Deus seria cumprida, por Abraão ter oferecido o seu melhor, por atender a necessidade antes que a necessidade aparecesse, o céu premia Sara com a graça da maternidade.”

“Como é que deve ser a ação da Igreja? ‘Ah, nós temos que rezar mais! A Igreja reza pouco’, aí outro setor fala assim: não nós temos que fazer coisas, temos que agir!’, aí fica um conflito. Reza ou age? [Rezar é o gesto de juntar as mãos, agir abre as mãos. E assim vai fazendo o movimento de juntar as mãos e abrir] É preciso que a gente seja Marta e e seja também Maria. É preciso que a gente reze e a gente aja…”, explicou o frade.

Confira a reflexão completa abaixo

Frei Paulo Roberto ainda surpreendeu os fiéis quando convidou um casal que estava completando 50 anos de feliz união e pediu que os esposos e esposas presentes olhassem um para o outro e renovassem o compromisso matrimonial. Puxou também o refrão “abençoa Senhor as famílias, amém. Abençoa Senhor, a minha também” e em seguida deu uma bênção especial, após, brincou: “pode beijar a noiva” e arrancou risos de todos.

Posts Relacionados

Facebook

Instagram

Últimos Posts

X