Paz e Bem!
Dois de fevereiro de 1991, 18 horas, na Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Vitória, Cidade Alta da Capital Capixaba, pela autoridade da Igreja e pelas mãos de Dom Silvestre Luis Scandian, Frei Luiz Flávio Adami Loureiro foi ordenado Presbítero da Santa, Una, Católica e Apostólica Igreja Romana.
A ocasião é uma celebração litúrgica importantíssima, pois celebra-se a Apresentação do Menino Jesus no Templo, a Purificação de Maria e a Mãe de Jesus sob títulos de Nossa Senhora das Candeias (da Candelária), dos Navegantes, da Luz, entre outros. Além disso, o dia 2 de fevereiro marca também o Dia da Vida Consagrada, do Religioso.
Esse dia ficou marcado na história do frade capixaba, Luiz Flávio. Com sua família, confrades e amigos, ele foi ordenado sacerdote. Mesmo com os desafios e as dificuldades enfrentadas no tempo de formação, Luiz não desanimou. Ouviu a voz de Deus e decidiu seguir os passos de Francisco e Clara de Assis, a partir de uma experiência no Convento da Penha.
Quando era jovem brincava de celebrar Missa e contava com a ajuda dos irmãos. Seus pais sempre apoiaram a decisão de seguir para o seminário. Na incerteza se continuava o projeto do matrimônio ou se tornaria religioso, Frei Luiz procurou resposta na intimidade com Deus. “Eu fui à Catedral em Vitória e na capela do Santíssimo, pedi muito ao Senhor que Ele abrisse o caminho, eu precisava ter uma direção e foi justamente naquela noite, depois que fui à Igreja, tive um sonho e senti a presença de São Francisco. Não vi o rosto de São Francisco, só vi que ele estava de hábito e me disse três vezes ‘olha aqui para o meu lado!’, era a chaga que ele tinha no peito [estigma]. Daí em diante, minha vida virou de cabeça para baixo, eu já não sabia mais o que fazer. Eu conversei com minha ex-noiva e ela falou que eu teria de rezar muito para o casamento dar certo… Decidi vir ao Convento, conversei, na época, com o Frei Virgílio e ele me ajudou a identificar o chamado de Deus. Hoje, me sinto feliz, realizado, agraciado pelo Senhor”, conta Frei Luiz.
Frei Luiz Flávio é formado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Espírito Santo; ingressou na Ordem dos Frades Menores em 10 de janeiro de 1984 e estava à serviço da Província Franciscana no Santuário São Francisco de Assis em São Paulo, até o fim de 2019. Em fevereiro de 2020 foi transferido para o Convento da Penha, Vila Velha-ES. Antes, em 2008, ele compôs a fraternidade criada recentemente, naquela ocasião, em Colatina-ES.
A devoção à Nossa Senhora das Alegrias, a Senhora da Penha, sobretudo nesses tempos difíceis que estamos vivendo, em que não podemos perder a esperança, o amor e a fé. “Nossa Senhora das Alegrias é a alegria verdadeira, como diz o Papa Francisco, o sacerdote, o religioso, deve ser alegre, como alegria, é o coração, a vida, a alma, o espírito que faz a gente reavivar nossos carismas, nossa vivência sacerdotal, religiosa, a gente precisa reacender a chama do amor e da fé do povo”, comenta.
O lema de ordenação escolhido foi: “Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio” (Jo 20, 21)
Ouça o podcast especial com o Frei Luiz Flávio.
Confira também alguns registros fotográficos da Ordenação do Frei Luiz.