Fr. Vanderlei: “para quem tem fé, a dificuldade se torna uma fonte de amadurecimento e não de destruição”

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Paz e Bem!

A tradicional Missa da Saúde no Campinho, celebrada na tarde desta quarta-feira, foi presidida pelo Frei Vanderlei Neves, Pároco da Paróquia do Rosário, Vila Velha, ES; e com presença do Diácono Permanente Sérgio Rodrigues. “Nesta Celebração da Eucaristia, queremos elevar a Deus as nossas preces, pedir para que Ele continue sempre nos abençoando, guardando e protegendo”, afirmou Frei Vanderlei ao inaugurar a Celebração.

Centenas de pessoas participaram da Missa, especialmente os idosos e pessoas com mobilidade reduzida, que muitas vezes não têm condições – e forças -, para subir até o alto da Capela, por isso, Nossa Senhora da Penha desce para encontrar seus filhos e filhas.

O Pároco do Rosário, explicou na homilia, que mesmo com as perseguições, os discípulos não desanimaram. “Mais uma vez temos a oportunidade de nos alimentarmos da Palavra de Deus. Na Primeira Leitura ( Atos 8,1-8) de hoje, vemos de forma clara, objetiva, que a Igreja de Jerusalém estava sendo perseguida, no entanto, os discípulos de Jesus, não titubearam, não deixaram-se abalar por esta perseguição, pelo contrário, aqueles que não eram presos, mantinham-se firmes no anúncio da Boa-Nova. E então, surge uma pergunta: ‘onde eles encontravam forças para continuar a propagar a mensagem de salvação?’. Primeiro, eles tinham uma fé grande, depois, eles compreendiam que verdadeiramente o Cristo era o Messias, o Enviado de Deus. Reconheciam essa mensagem como uma mensagem de vida, como uma mensagem que poderia conduzi-los a salvação plena e absoluta. Isso encorajava as pessoas”, disse o frei.

Ainda neste contexto da narrativa de Atos dos Apóstolos, Frei Vanderlei trouxe para a realidade atual, quando os cristãos também sofrem perseguições e enfrentam desafios. “Em muitos momentos da vida, vamos ter tentações, vamos ter desafios, assim como os primeiros discípulos tiveram. Seja qual tentação for, vamos ter, mas devemos depositar toda nossa confiança em Deus, assim como eles fizeram. Com certeza, se nos mantivermos perseverantes ao projeto do Senhor, vamos sim vencer as dificuldades. Para uma pessoa que tem fé, a dificuldade se torna uma grande fonte de amadurecimento, não fonte de destruição, mas  de amadurecimento. Vamos perceber que precisamos sim, da bondade, da misericórdia de Deus e Ele sempre está conosco”, disse.

Sobre o Evangelho (João 6,35-40), Frei Vanderlei lembrou que o “não ter fome e não ter sede” que Jesus fala é alimentar a fé, tendo o Senhor como modelo de vida, exemplo. “Não ter fome e não ter sede para aqueles que vão até Jesus, significa que quando nos alimentamos do Cristo, estamos professando a fé. Se alimentar do Cristo significa tê-lo como modelo de vida, como um exemplo, Ele vai norteando a nossa vida. Se eu digo que professo a fé em Cristo, Ele deve ser aquele que aponta o caminho aonde cada pessoa deve percorrer. Quando falo em caminho, devemos olhar para nossa vida, pois ela tem nossos desafios, nossas alegrias, nossas tristezas… E seguindo o modelo de Jesus, para que Ele seja este alimento, para que nos sacie, Ele nos convida a realizar a experiência do perdão, do diálogo, ter a capacidade de reconhecer o outro na sua plenitude, reconhecer que cada pessoa tem seu lado bom, porque tem dentro dele vestígios do Sagrado, vestígios de Deus. Quando eu faço essa experiência de colocar o Evangelho em prática, significa que a Palavra de Deus, o próprio Cristo, vai alimentando minha vida, minha alma. A vida passa a ter um sabor diferenciado”, explicou.

Por fim, o frade ainda enfatizou o “veneno” que muitas pessoas tomam. “Aquilo que, quem sabe, era um grande peso, pode se tornar para nós uma fonte de amadurecimento ou eu posso cair em si e ter a convicção que não preciso carregar esse peso, posso deixar ele de lado, assim eu consigo caminhar melhor. O peso da raiva, da ira, do ódio… O que é isso? É um veneno que a pessoa toma querendo que o outro morra. Eu não preciso levar isso para minha vida, posso deixar isso de lado. A minha experiência de fé vai se tornar muito mais intensa. Queremos pedir para que Deus sempre continue abençoando a cada um de nós, as nossas famílias, nos guardando, sobretudo neste tempo pascal, onde refletimos sobre a vitória de Cristo sobre a morte”, concluiu.


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