Paz e Bem.
Centenas de fiéis, romeiros e devotos de Nossa Senhora da Penha participaram da Missa das nove da manhã, no Campinho do Convento da Penha. Refletindo a continuação do Evangelho do último domingo de janeiro, a Liturgia deste 5º Domingo do Tempo Comum (05) apresentou o Evangelho de Mateus 5, 13-16, é o Sermão da Montanha.
A Missa foi presidida pelo Guardião do Convento, Frei Djalmo Fuck. Antes de iniciar a reflexão, ele comentou sobre o clima quente em todo o Estado. “Tá esquentando pra valer. Ontem vimos que a previsão do tempo para a região da Grande Vitória era de 35 graus e portanto, o sol está pocando (uma gíria capixaba) e por isso vamos fazer uma breve reflexão”, na sequência, iniciou a homilia. “O Evangelho é a continuação do Evangelho do último domingo, do Sermão da Montanha, das Bem-Aventuranças que Jesus nos ensinava e hoje ele nos provoca, nos convida a ser sal da terra e luz do mundo. A palavra de Jesus parece ser um pouco redundante, porque sal para salgar e luz para iluminar. O sal não pode se tornar insosso, nem a luz pode ficar escondida. O sal é para salgar, a luz para iluminar. O cristão também é convidado para ser sal da terra e luz do mundo. Sal para dar gosto, para dar sabor. Quando nos alimentamos e falta sal na comida, nos falta o sabor. Mas o sal também, além de dar gosto, é usado para conservar os alimentos, sobretudo os mais antigos quando não tinham geladeira, usavam o sal para salgar as carnes, os alimentos e conservá-los por mais tempo para serem consumidos. Portanto, o cristão deve também conservar a presença do Senhor, deve trazer em seu coração as marcas do Evangelho de Jesus”, disse.
Ainda no contexto evangélico, Frei Djalmo lembrou que ao sermos chamados a ser sal e luz, reassumimos o compromisso batismal firmado pelos nossos pais e padrinhos. “O Evangelho nos lembra o dia do nosso batismo. Quando levados à pia batismal, o padrinho acende a vela no Círio Pascal e coloca do lado do seu afilhado e diz: receba a Luz de Cristo e caminhe como filho da luz! Também nos ritos opcionais do batismo, o padre é convidado a colocar um pouquinho de sal na boca da criança, para que ela conserve a palavra de Deus em sua vida, em seu coração. Tanto a luz quanto o sal, nos lembram o nosso batismo! Pelo batismo fomos oficialmente proclamados filhos e filhas de Deus e enviados em missão, portanto, estamos aqui hoje e Deus nos envia em missão, nos convida a ser sal da terra e luz do mundo, onde quer que estejamos. Dentro da Igreja, na comunidade de fé que frequentamos, dentro da família, no ambiente de trabalho, o cristão é convidado a dar o bom testemunho de Cristo, a ser luz a iluminar os passos seus e de quem caminha conosco. A ser sal para dar gosto, para dar sabor, para conservar o testemunho do Evangelho, da Boa Nova que Jesus nos ensina”, afirmou.
Ao explicar a narrativa do Profeta Isaías na Primeira Leitura (Isaías 58,7-10), o Guardião da Penha disse: “O cristão é convocado, é convidado, a transformar as realidades onde ele vive, as realidades de morte, de opressão, de dor. Aquilo que presenciamos no nosso dia a dia. Claro que não conseguimos resolver todos os problemas da sociedade, são problemas às vezes grandes, ‘macro’, mas o cristão é convidado a fazer a sua parte, a dar o seu testemunho, ninguém pode permanecer omisso, ou seja, cada um de nós precisa fazer a sua parte, é aquilo que Jesus nos pede, ajudar quem precisa, ir ao socorro do necessitado, de quem sofre, de quem padece, de quem clama pela nossa ajuda e pede nosso socorro. Precisamos ser essa luz a iluminar, esse sal a salgar… Nós somos os continuadores da missão de Jesus, ou seja, nós não podemos permenecer omissos. Temos um testemunho, temos uma missão de transformar a realidade onde quer que estejamos. Sejamos sal da terra e luz do mundo! Sal para salgar, dar gosto e luz para iluminar. Nós não queremos ser uma comida sem sabor, não queremos ser uma luz apagada, mas acesa”, concluiu.
Confira a homilia completa abaixo: