Festa da Penha preserva a história do povo capixaba

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Foto: Anos 50 - Acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Vila Velha-IHGVV

Paz e Bem!

Desde tempos bem remotos a devoção está presente na cultura, na história e nos lábios de milhões de capixabas. Ano a ano renovam a expressão fundamental de amor à padroeira, aqui chamada de Virgem da Penha. Começada a partir de uma ideia de Pedro Palácios, os louvores à Mãe Bendita começaram há 450 anos, quando no cume de um Penhasco o frade espanhol levava o quadro de Nossa Senhora das Alegrias.

A Festa que recorda as alegrias de Maria teve início em 1570 e ao longo dos séculos passou por algumas agregações. O louvor que até então era apenas religioso, passou a ser cultural, turístico, histórico e faz parte da identidade do povo. Ultrapassou a história, se manteve preservado mesmo depois de quatro séculos e meio de criação; ainda assim, de geração em geração, cultura em cultura, a manifestação mais expressiva e importante do Espírito Santo.

Em 19 de outubro de 1991, quando esteve em solo capixaba, o então Papa João Paulo II recordou a importância da devoção à Nossa Senhora da Penha e do legado do fundador do Convento. “A Imagem de Nossa Senhora da Penha, que nos acompanha nesta Celebração Eucarística, evoca em nós aquela mulher vestida de sol e uma coroa de estrelas sobre a cabeça, contemplada por São João. Nossa Mãe é Rainha, Rainha de todos os homens, os filhos de Deus, irmãos de Jesus Cristo, até o fim dos séculos. Ela está agora na glória do céu junto da Trindade Santíssima. Junto de Deus, ela contempla na luz da Glória Divina cada um de seus filhos e suas filhas, em todos os momentos de sua existência. Nas horas de alegria e de dor, nos tempos de solidão, nas horas difíceis… Não há um passo da nossa vida, não há uma batida do nosso coração que não esteja sendo acompanhado amorosamente pelo coração de Maria” e completou “queremos pedir a Maria Santíssima que reine também em nossos corações e nos corações de todos os homens, em primeiro lugar, toda essa Arquidiocese”, afirmou o Santo Padre.

A fala do Pontífice, hoje Santo João Paulo II, traz um congraçamento da marcante expressão de fé à Mãe Maria. Por meio dele, recebemos ainda mais as singulares graças e bênçãos de Nossa Senhora da Penha.

A história preservada não só na memória dos fiéis como também nos filmes antigos, nos registros fotográficos, nas matérias de jornais, nos livros de história… A história do povo capixaba se une à marca do amor dos povos espírito-santenses que veneram à Senhora das Alegrias da Penha. Prova disso é a exposição “Imagens da Fé”, que traz fotografias antigas do Convento, pinturas do monumento sagrado dos capixabas e a memória preservada dos 450 anos de devoção.

Foto de 1935 – Acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Vila Velha-IHGVV

Em 2020, a Festa da Penha celebra 450 anos de história e, pela primeira vez, o Dia da Padroeira do Espírito Santo será feriado estadual, o que pode atrair fiéis de outros municípios do Estado fora da Grande Vitória. Ela será realizada de 12 a 20 de abril e tem como tema “Todas as gerações em chamarão bem-aventurada” (Lucas 1, 48)

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