Dom Andherson: “os santuários são oásis no meio do deserto da vida”

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Paz e Bem.

O ponto alto do XXV Encontro Nacional de Reitores de Santuários do Brasil aconteceu na manhã da última quarta-feira, com a visita ao principal monumento turístico, histórico e religioso do Espírito Santo, o Convento da Penha. Localizado em Vila Velha, o Santuário tem a fundação datada de 1558 e é um dos mais antigos do país.

O anfitrião do evento que acontece na capital capixaba, abriu as portas para acolher mais de cem reitores vindos de várias cidades. A história preservada encheu de encanto os olhos dos visitantes.

A Celebração Eucarística, com tons de festa, foi presidida pelo Bispo Auxiliar de Vitória, Dom Andherson Franklin Lustoza; e concelebrada pelo Frei Djalmo Fuck, Guardião e Reitor da Penha; Padre Eduardo Catalfo, Reitor do Santuário Nacional de Aparecida; e pelos presbíteros que participaram na nave da Igreja. “Somos atraídos pelo Bom Pastor, conduzidos ao longo do caminho da vida e acolhidos em sua presença, desejamos sempre retornar à casa daquele que nos atrai para junto de si”, lembrou Dom Andherson ao iniciar a Missa.

Frei Djalmo acolheu os reitores e contou um pouco sobre a história do Convento, da religiosidade do povo capixaba e da presença franciscana em solo espírito-santense. “Nós, Frades Menores, queremos acolher todos vocês nesta casa tão importante para o Espírito Santo. Nossa Senhora da Penha é a Padroeira do nosso estado e aqui chegou um frade espanhol, Frei Pedro Palácios, em 1558, trazendo da Espanha a devoção à Nossa Senhora das Alegrias, através de uma estampa da Mãe das Alegrias. Uma curiosidade é a bandeira do estado. As cores da bandeira são as cores do manto de Nossa Senhora da Penha, o azul, rosa e branco”, disse.

Na homilia da Missa, Dom Andherson Franklin refletiu sobre as experiências vivenciadas nos santuários. “Ressalto três pontos fundamentais para a compreensão daquilo que são os nossos santuários. Nós somos atraídos pelo Pastor e somos conduzidos por Ele. O salmista conta da dificuldades do caminho, dos difíceis momentos passados, mas da presença cuidadosa e zelosa do Pastor. Somos acolhidos pelo Pastor, acolhidos em sua casa e desejamos retornar. A experiência que nós fazemos em nossos santuários, – acredito que os senhores e senhoras podem nos contar maravilhas -, são experiências fecundas, experiências que nós tocamos com a mão, quando paramos para escutar os nossos queridos peregrinos e peregrinas, eles são atraídos por Deus. Essa experiência feita nos santuários é uma experiência, que deve ser por nós, valorizada. Pois o cuidado do Pastor que conduz, acolhe, atrai as pessoas e por isso, somos convidados a conhecer essa atração que sofre cada peregrino que faz uma estrada longa para se colocar diante de Deus, louvando a Deus que continua atraindo seus filhos e filhas para si. Essa experiência que vocês tocam com as mãos quando acolhem os peregrinos dos vossos santuários, é marcada também pelo cuidado amoroso de Deus, são conduzidos por Ele mesmo para que possam alcançar a graça de tanto anseiam”, enfatizou o Bispo.

“Os exegetas propõem: ‘eu retornarei à Casa do Senhor’, pois como salmo de peregrinação, o peregrino confirmado na fé pela graça que recebeu, pela certeza de que é conduzido por Deus, deseja voltar, ou seja, a acolhida que experimenta marca o seu coração como dizendo ‘aqui é minha casa, eu voltarei!’ Por isso, a experiência que vocês fazem, – seria tão bom se nós pudéssemos escutar os relatos desta acolhida -, não só toca o coração do fiel peregrino, mas faz com que ele deseje voltar, pois no meio do deserto da vida encontra um oásis, conduzido e atraído pelo Senhor para refazer o caminho de volta, marcado por uma esperança, como ‘peregrinos da esperança’ como propõe o Papa Francisco para o Jubileu do próximo ano. Agradeçamos a Deus, porque continua atraindo seus filhos e filhas para irem na direção dos nossos santuários. Peçamos a Ele, que sejamos uma manifestação profunda, verdadeira e concreta do seu cuidado. Acolhendo, escutando os nossos peregrinos, a fim de que a exemplo do salmista, eles desejam voltar não só para apresentar a vida, mas para dar testemunho daquilo que Deus desconfiou e das graças recebidas. O senhor é o nosso Pastor tem nos conduzido em sua presença”, finalizou Dom Andherson.

Ao final da Missa, os franciscanos do Convento falaram um pouco sobre a vida fraterna no local. A visita continuou no sítio histórico da Prainha, também em Vila Velha.


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