Paz e Bem!
Sempre às sextas-feiras conhecemos um pouco mais sobre a tradição, a história e a expressão de fé do povo capixaba que há mais de 450 anos celebra sua padroeira com muito amor. A história do Convento se confunde a história do Espírito Santo. Os aspectos da religiosidade local têm fundamento sólido na Penha Sagrada. Semanalmente, em pequenas reportagens, destacamos fatos que aconteceram na Penha.
Em 1802, “Aconteceu na Penha” o início de um curso de língua indígena para os missionários franciscanos do Espírito Santo e de São Paulo, ministrado no próprio Convento da Penha. O objetivo era proporcionar aos frades da Província a possibilidade de trabalhar nas capitanias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
A iniciativa do curso, de certo, como providência, deveria ter sido tomada desde o estabelecimento da Ordem dos Frades Menores no Espírito Santo. Evitaria, talvez, a deliberação absurda firmada pela Câmara da Vila da Vitória que, a 23 de Maio de 1795, proibiu que se falasse a língua geral. Estudando-a, os colonizadores teriam colaborado na confraternização dos nativos com os advindos. Além disso, conservariam uma preciosidade para os estudos dos indígenas, hoje apreciados e procurados.
Quando chegaram à então Vila do Espírito Santo, os portugueses donatários e os religiosos, tiveram uma convivência com os indígenas nativos, em sua maioria, “Tupiniquins”. Com o passar dos anos, uma forma de catequizar os índios e compreender melhor o modo de vida, costumes e hábitos, os franciscanos resolveram aprender a língua indígena.
O Guardião do Convento na época era o Frei Francisco da Ressurreição Graça, sucessor de Frei Francisco de Sta. Emerenciana. Este último ficou até outubro de 1802. Não se sabe ao certo quanto tempo durou o curso.
De acordo com a história, nesse período, passavam pela região marítima de Vitória embarcações de fins comerciais com objetivo de melhorar o início do escoamento agrícola, tanto que nesse ano ocorreu uma tentativa de povoamento das margens do Rio Doce para chegar ao Estado de Minas Gerais.
Alguns trechos foram extraídos do Livro dos Romeiros de 1847 e site morrodomoreno.com.br.