Paz e Bem.
Na segunda reportagem especial sobre a nossa história, vamos conhecer hoje o início da construção da Capela nos moldes atuais. Sempre às sextas-feiras conhecemos um pouco mais sobre a tradição, a história e a expressão de fé do povo capixaba que há mais de 450 anos celebra sua padroeira com muito amor. Estamos destacando os aspectos históricos da religiosidade local, em pequenas reportagens os destaques que aconteceram na Penha.
Aconteceu na Penha… Em 1566, é iniciada a construção do Santuário de Nossa Senhora da Penha, a construção do monumento mais impressionante do nosso período colonial. Alcandorado no alto de uma Penha é testemunha silenciosa de grandes acontecimentos históricos. Franciscanos, índios e mamelucos carregaram as pedras da construção escalando a encosta do rochedo. (por Gustavo Barroso)
O monumento arquitetônico, peculiar na singeleza e sobriedade, apresenta em sua trajetória histórica muitas reconstruções como a excepcional concepção arquitetônica do Convento, incrustado na rocha do morro, abrindo as janelas de suas celas para o magnífico panorama da barra de Vitória e do oceano Atlântico, enquanto de sua fachada se tem bela vista panorâmica de Vila Velha.
De acordo com a história, a construção da Capela foi finalizada em 1568, no cume do penhasco, e recebeu a imagem de Nossa Senhora da Penha, vinda de Portugal em 1569. Passou por algumas ampliações e próximo foi construído, em várias etapas, o conjunto do Convento da Penha, juntamente com o prédio do museu que é a histórica ex-“Casa dos Romeiros”; residência de hóspedes e as ruínas das antigas senzalas, cuja pedra fundamental data de 1650.
No interior do Convento, o espaço mais expressivo é o da Igreja com sua preciosa Capela-Mor. O interior da igreja é revestido, parcialmente com madeira em cedro, entalhada com motivos fitomorfos, executada pelo escultor português José Fernandes Pereira, nos anos de 1874 a 1879, inclusive o assoalho com trabalho de marchetaria que no ano de 1980 foi reformado.
No Altar Mor da Igreja, remodelado em 1910, há mais de 200 peças de 19 tipos diferentes de mármore que adornam o retábulo e colunas. Possui cuidadosa talha de madeira dourada do escultor italiano Carlo Crepaz, adotando a caligrafia de ornamental do ecletismo pontuada por capitéis, coríntios, festões, guirlandas com elementos vegetalistas, medalhões, anjos e frontão, datando do século XIX.
Alguns trechos foram extraídos do Livro dos Romeiros de 1847