Esta continência constitui, de certo modo, a plenitude absoluta desta fecundidade, tendo em conta que foi precisamente nas condições nazarenas do pacto de Maria e José, no casamento e na continência, que se consumou o dom da encarnação do Verbo eterno: o Filho de Deus, consubstancial ao Pai, concebido e nascido como homem do ventre da Virgem Maria.
A graça da união hipoestática está, diríamos, ligadaa a esta plenitude absoluta da fecundidade sobrenatural, fecundidade do Espírito, na qual participou uma criatura humana, Maria, na perspectiva da “continência pelo Reino dos Céus”.
A maternidade divina de Maria é igualmente, em certo sentido, uma revelação transcendente desta fecundação no Espírito Santo, ao qual o homem submete o seu espírito quando escolhe livremente a continência física “pelo Reino dos Céus”.
João Paulo II