3º dia do Tríduo: São Francisco trata a morte como irmã

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Paz e Bem!

A celebração do “Trânsito de São Francisco”, costume tradicional dos franciscanos, encerra o mistério da vida, morte e convivência junto com os santos.

O 3º dia do Tríduo em preparação para a Festa em honra e louvor de São Francisco de Assis, foi presidido pelo Frei Pedro de Oliveira Rodrigues e contou com a participação de dezenas de pessoas, que subiram ao Santuário da Virgem Mãe das Alegrias.

A acolhida da Missa foi feita pelo Frei Pedro Engel. “Conhecedores da realidade maravilhosa e, ao mesmo tempo, angustiante, cheia de esperança, queremos, a exemplo do Seráfico Francisco, celebrar o dom da vida e aceitar a morte como irmã, caminho único para a ressurreição”, afirmou o animador.

Na véspera da festa do pai dos pobres, amante da natureza e dos animais, como irmãos e filhos do Santo de Assis, os fiéis meditaram a passagem (Trânsito) de Francisco, deste mundo para a eternidade. Erguendo o canto de louvor e súplica àquele que, por vocação, escolhemos como guia.

Também na celebração, foi feita memória dos Mártires do Nordeste, sendo André de Soveral e Ambrósio Francisco
Ferro, missionários e outros irmãos leigos, que no século XVII defenderam com fidelidade a vida e a dignidade dos pobres. O sofrimento e a morte, para quem tem fé, tornam-se luz para a vida, assim como aconteceu com Jesus Cristo.

Frei Pedro de Oliveira comentou sobre o martírio ocorrido no Rio Grande de Norte, falou um pouco da história dos martirizados e também sobre o 3º dia do Tríduo. “Cumpridos enfim todos os desígnios de Deus em Francisco, sua alma santíssima livrou-se da carne para ser absorvida no abismo da claridade de Deus, e dormiu tranquilamente no Senhor.”

Na homilia, ao refletir o Evangelho de Lucas 10, 1-12, Frei Pedro começou dizendo: “A missão dos Apóstolos não termina com os doze escolhidos pelo Senhor, muito menos com os setenta e dois, mas continua através de todos nós batizados. Missão é o contrário de omissão, quem se omite não está sendo missionário. A Palavra de Deus está sendo muito clara, omissão não casa com missão, porque missão é sair, é ir ao encontro, é não ficar fechado no meu mundinho… O egoísta não é missionário, o mesquinho não é missionário, o ambicioso não é missionário, pois o grande desafio do missionário é ser fraterno, é ser solidário. A Palavra de Deus é muito clara: ‘Eis que eu vos envio como cordeiros, para o meio de lobos, já destacando o desafio da missão, ou seja, a missão deve ser levada a diante quando tudo está bem, assim como quando surgir a adversidade. O Evangelho jamais deixará de ser pregado mesmo diante dos lobos ferozes”, refletiu o frade.

E continuou: “este é também o exemplo que nos deixam Ambrósio, André, Mateus, José, os Mártires do Nordeste. Morreram por que? Porque resistiram na sua fé, convictos da sua fé, convictos na Palavra de Deus, de que Jesus jamais os deixaria… Morrem em defesa da fé! Hoje também todos nós somos desafiados a ser esses missionários e missionárias do Senhor, talvez fora do ambiente familiar não é tão difícil, mas ser missionário em casa… O grande desafio é não desistir, é perseverar, é acreditar, é confiar”, explicou Frei Pedro de Oliveira.

Confira a programação completa abaixo.

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