“Posso sentir ranço por alguém?”

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Uma das expressões mais utilizadas pelos usuários das redes sociais e que virou moda entre os jovens, o termo “ranço“, caiu também entre os ditados populares. O principal significado da palavra descreve alguma atitude, ação, fala ou qualquer fato praticado de alguma pessoa. Quando “até o andar da pessoa te irrita, como a pessoa fala, como a pessoa come, como bate palma, até a respiração, as fotos postadas, as hastags nas redes sociais enfim, tudo na pessoa te irrita”. Ter ranço de alguém por algo que ela tenha dito ou alguma atitude desagradável, provoca ainda mais essa antipatia, falta de harmonia, repulsa, ira entre outros sentimentos.

“Sou Cristão Católico praticante. Posso sentir ranço por alguém?”. Muitas pessoas fazem esta pergunta, no entanto, há quem diga que “depois que o ranço se instala, não tem mais cura!”. Há diversas formas de tornar-se compreensivo e portador da misericórdia. O ranço, pode muitas vezes, modificar condutas do bem, alterar bons costumes, criar ideologias contrárias a fé professada, e principalmente, propiciar àquele que sente, uma vivência na condição de pecado. Portanto, há um ponto em que não se pode deixar que o “ranço” seja maior que o amor.

Nos Mandamentos, Deus ordena que amemo-nos uns aos outros assim como Ele nos ama. Cuidemos uns dos outros, assim como Ele cuida de nós e cultivemos a amizade fraterna, assim como Ele se faz amigo de todos nós. Deus quer de nós o amor verdadeiro, o amor incondicional, sobretudo aos outros. Amar àqueles que nos odeiam, suportar os outros mesmo com as diferenças.

 “Tendes ouvido o que foi dito: Amarás o teu próximo e poderás odiar teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem. Deste modo, sereis os filhos de vosso Pai do céu, pois ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos.” (Mt 5, 43-45, trecho do “Sermão da Montanha”)

Qual o papel do Cristão Católico autêntico e verdadeiro? Parte principalmente do ensinamento do Cristo. Conhecendo o Evangelho, à luz das doutrinas eclesiológicas da Santa Igreja, um Cristão Católico não pode sentir ranço de alguém. Há quem sinta que o “ranço” tomou conta de seu coração. Esse sentimento é passageiro e extremamente controlável.

Santa Teresinha nos ensina que “a nossa vocação tem de ser o amor”. Independente daquilo que o outro nos proporciona, o amor continua sendo o motivo e razão da existência.

Qual melhor forma de evitar o ranço?

A melhor forma de evitar o ranço, é ter uma experiência de fé e amor ao Senhor, que seja na oração, na Eucaristia, na Palavra, no irmão, na devoção, enfim, tudo que propicia uma vida de cristão autêntico.

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