Paz e Bem!
Cerca de 40 movimentos sociais convocam a sociedade capixaba para uma Vigília Ecumênica em memória das vítimas da tragédia ocorrida em Brumadinho, Minas Gerais, na última sexta-feira. O ato, que deve unir solidariedade às vítimas, denúncia, revolta e pedidos de justiça, para o crime ambiental e humano, vai acontecer nesta sexta-feira (dia 1º de fevereiro), a partir das 17h30, em frente à entrada da sede da Mineradora Vale em Vitória, localizada no final da Praia de Camburi, na capital.
O Bispo da Diocese de Colatina, Dom Joaquim Wladimir Lopes, vai conduzir a vigília, juntamente com as organizações sociais do Espírito Santo. Estarão presentes caravanas de afetados pelo crime anterior da Samarco/Vale-BHP, que ocorreu em Mariana e chegou em vários municípios de MG e ES. Muitas pessoas já confirmaram presença, algumas vindas dos municípios de Colatina, Baixo Guandu, Linhares e Aracruz, além de pescadores de Vitória que também sofreram impacto. “Haverá grande representação dos atingidos e esperamos que a sociedade capixaba venha aderir ao movimento e participar dessa vigília”, convoca Heider Boza, coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no Espírito Santo. O MAB é uma das entidades à frente do ato e começou a trabalhar no Espírito Santo a partir do impacto da chegada da lama da barragem de Fundão, em Mariana (MG), que atingiu o estado no final de 2015. Sendo assim, conhece bem a realidade das vítimas das barragens de rejeitos e as estratégias que a empresa vem utilizando nos últimos anos para se esquivar de responsabilidades.
A organização garante que será um ato pacífico em homenagem àqueles trabalhadores e sitiantes que tiveram a vida sacrificada pela ganância de uns poucos. Pedem também que os participantes levem velas.
“Até onde a Vale vai continuar omitindo as coisas? Até onde a vale vai continuar neste processo de matar as pessoas para depois resolver?”
Atingido de Córrego do Feijão, o representante da Associação da comunidade, Luciano Oliveira Lopes, em reunião na tarde desta quarta-feira (30) com representantes da mineradora criminosa Vale, denunciou a falta de informação sobre os riscos da barragem Mina de Córrego do Feijão. Ele relata que existia um plano de segurança da Barragem “te ofereceram um plano de emergência com segurança. Ao sinal de uma fissura o alarme tocava”, denuncia indignado, Luciano.