Paz e Bem.
O do Terço das Famílias de todas as terças-feiras no Convento, que desde a semana passada tem um novo formato, agora tem um novo cenário. Na noite desta terça-feira (13), dia de Santo Antônio de Pádua, os fiéis acompanharam mais uma novidade. Agora, toda semana, além de uma família participando presencialmente no Convento, aos pés da Padroeira, o cenário também passará por algumas mudanças. A ideia é ampliar devoção franciscana de meditar as Sete Alegrias de Maria e agora, dar mais visibilidade aos espaços no Convento, que muitas vezes passam despercebidos.
Na última edição, a família Zampieri, participou das preces ao lado do Frei Paulo César Ferreira. Juntos eles meditaram os sete momentos em que o coração de Nossa Senhora se encheu da mais perfeita alegria. Assim como o “Rosário Franciscano” (Coroa das Sete Alegrias) surgiu de uma “aparição”, espécie de visão, que um noviço franciscano teve com Nossa Senhora, hoje, 580 anos depois, se mantém viva a tradição de oferecer à Maria uma coroa de rosas, ainda que seja virtual ou simbólica através da oração.
Toda essa história começou em 1442, quando esse estudante oferecia rosas. Quando ingressou entre os Irmãos Menores, sua maior dor foi a de não poder seguir oferecendo à Santíssima Virgem esta oferenda de flores. Sua angústia chegou a tal ponto que decidiu abandonar a Ordem Seráfica de Francisco de Assis, no entanto, a Virgem apareceu-lhe novamente afim de o consolar, e lhe indicou outra oferenda diária que lhe seria mais agradável. Sugeriu-lhe recitar a cada dia sete dezenas de Ave Marias intercaladas com a meditação de sete mistérios gozosos que ela viveu em sua existência. Desta maneira teve origem a Coroa Franciscana, Rosário das Sete Alegrias.
A coroa franciscana medita as sete alegrias radiantes de Maria: 1ª Alegria – A Anunciação do Anjo; 2ª Alegria – A Visita de Maria a sua prima Isabel; 3ª Alegria – O Nascimento de Jesus; 4ª Alegria – A Adoração dos Reis Magos; 5ª Alegria – O Encontro do Menino Jesus no Templo; 6ª Alegria – Maria vê a Jesus Ressuscitado e 7ª Alegria – A Assunção de Maria e sua Coroação no Céu.
Os participantes ficaram de frente para a Imagem da Padroeira, elevando ao alto o olhar e as preces à Virgem das Alegrias. As três irmãs, Conceição, Penha e Marina, sempre acompanham as orações de casa e desta vez, estiveram presencialmente no Convento. Elas gostaram muito da iniciativa e reafirmaram que no futuro, querem participar novamente. Uma curiosidade interessante é que elas são filhas do Antônio Zampieri e Catharina Zampieri, ambos moraram em uma casa anexa ao Santuário da Penha, isso lá pelos idos de 1947, onde permaneceram por mais de 40 anos.
“Sr Antônio era um guardião aqui do Santuário, um ‘sacristão-mor’ que estava sempre zelando, cuidando com sua família aqui do nosso Santuário. Um detalhe interessante, foi que o Sr Antônio com um cunhado, o sr Eugênio, que plantaram as palmeiras gigantes que nós temos e podemos contemplar no nosso Campinho, inclusive elas sustentam o grande terço que ainda está exposto entre as palmeiras. Esta família da Maria Conceição, Marina e Maria da Penha, foi a primeira família que nos acolheu com o terço no início da pandemia, quando o terço era rezado nas casas das pessoas, transmitido direto das casas das pessoas, quando a matriarca, dona Catharina estava viva”.
Imagens feitas de drone pelo voluntário Marcos Antoniazi, ajudaram a criar ainda mais um clima de oração e devoção. Ao final da oração, durante os agradecimentos, Frei Paulo César entoou a Salve Rainha e, em seguida, agradeceu a participação da família Zampieri, já confirmando que nas próximas terças-feiras será assim, num cenário diferente e com uma família participando ‘in loco’.
Rezar o Terço é uma das mais singelas formas de chegar ao coração de Deus. Por meio da repetição das Ave Marias, os fiéis elevam a prece sincera que brota do coração. Não é apenas uma oração repetitiva, pelo contrário, ela faz seus devotos meditarem desde o Anúncio do anjo à Maria, até a morte e ressurreição de Jesus. A família reunida é um verdadeiro dom de Deus, uma graça. Rezar em família reforça a responsabilidade de ser no mundo, sal e luz.