Paz e Bem!
Neste segundo #tbt especial da Festa da Penha, vamos recordar a romaria mais emocionante e motivadora da Festa Penha, a Romaria das Pessoas com Deficiência. Como fazem há 14 anos, as pessoas com as mais diferentes deficiências se reuniram para cada uma do seu jeito, para homenagear Nossa Senhora da Penha e fazer parte da história de mais uma Festa da Penha. Foi um belo momento de expressão da espiritualidade, do carinho e da amizade entre todos, mas também celebrar conquistas e apresentar demandas com reivindicações para os menos favorecidos, em sintonia com a Campanha da Fraternidade deste ano, que tem o tema “Fraternidade e Políticas Públicas”.
A Romaria foi realizada no sábado dia 27 de abril. A concentração teve início às 7h30 na Praça Duque de Caxias, no Centro de Vila Velha. Às 8 horas, seguindo até a Prainha, aos pés do Convento da Penha. Em frente a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, foi celebrada uma Missa, presidida pelo Padre Carlos Barbosa. O Guardião do Convento da Penha, Frei Paulo Roberto Pereira, fez a acolhida aos romeiros e Frei Alessandro Nascimento traduziu as informações em LIBRAS, a Língua Brasileira de Sinais.

A Romaria tornou-se uma manifestação sobre o olhar social dessa população e demonstrar que em conjunto os desfavorecidos socialmente prevalecem. Frei Paulo apontou algumas dificuldades de visibilidade para as pessoas portadoras de deficiência na sociedade. “Hoje, a sociedade já consegue o enxergar, mas ainda não é um olhar adaptado, um olhar cuidadoso e a Romaria traz visibilidade para esse grupo”.
Organizada pelo Fórum de Entidades de Pessoas com Deficiência, a Romaria teve início em 1996, a partir da Campanha da Fraternidade que teve como tema a deficiência. Para os organizadores, participar da Festa da Penha é um importante momento para dar clareza às reivindicações e lutas destas pessoas.
De acordo com os censos do IBGE, o Brasil tem mais de 24% de sua população com alguma deficiência. Esse percentual representa mais de 46 milhões de pessoas no país, e no Espírito Santo este percentual corresponde a cerca de 900 mil pessoas com alguma deficiência – intelectual, visual, física, auditiva ou múltipla.
Dentre as preocupações expressas pelos participantes estão a reforma da Previdência Social que pode atingir profundamente as pessoas com deficiência, a redução do valor do Benefício da Prestação Continuada, os cortes dos investimentos em políticas públicas de assistência social, o fim dos investimentos em políticas de inclusão na educação e na saúde.
Com informações de Moacir Beggo, Cristian Oliveira e Brendha Zamprognio.