Paz e Bem!
Há 451 anos, o povo capixaba celebra a sua Padroeira Nossa Senhora da Penha. Pelo segundo ano consecutivo, por conta da pandemia, a programação da Festa da Penha foi realizada de forma virtual e interativa. Toda quinta-feira estamos recordando momentos marcantes dos festejos da Virgem da Penha e revivendo histórias especiais. Hoje vamos relembrar um trecho da homilia de Dom Dario no ano passado.
Sabemos que o frio (esses dias têm sido de frio em várias partes do país, especialmente no Espírito Santo), ainda que seja agradável e bom em muitas ocasiões, também leva tristeza e sofrimento para muitas pessoas. Todos os dias alguém “morre de frio” no mundo. Vidas perdidas pela ineficiência (ou inexistência) de políticas públicas que ao menos minimizem tanta aflição. Só na cidade de São Paulo, na noite da última segunda-feira, duas pessoas em situação de rua, foram encontradas mortas sob marquises de pontos comerciais. Há muita gente passando frio e fome.
No ano passado, o Arcebispo de Vitória lembrou que vivíamos um tempo desafiador de isolamento social e de grande mudança de hábito. “A nossa Semana Santa foi marcada pelos fiéis fisicamente distantes, mas unidos espiritualmente em todas as celebrações, a maioria delas transmitida pelos meios de comunicação social”, lembrou.
Segundo Dom Dario, diante dessa pandemia que assola o mundo, “somos convidados a partilhar”. “Nós não podemos sair deste momento em que a humanidade vive do mesmo jeito que entramos. Nós temos que sair mais solidários, mais irmãos, mais fraternos, menos egoístas, menos rancorosos, menos vaidosos. Ter amor com o próximo, com aquele que necessita. Deixar o lucro de lado e fazer a partilha do pão”, pediu Dom Dario.
Em seguida, o bispo afirmou: “Gosto de repetir essa frase do nosso Papa Francisco: ter cuidado com os nossos irmãos que vivem na rua. A rua não é lugar para se morar. A rua não é lugar para se morrer”.