Solenidade de Corpus Christi

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Paz e Bem!

♦ Houve a ceia de despedida. Os discípulos de Jesus de todos os tempos nunca se extasiam o suficiente diante dos gestos do Mestre naquela refeição de despedida. Um sala preparada com esmero. Os apóstolos que chegavam de vários cantos. O Mestre com um manto de festa. Uns conversam com os outros. Certa apreensão no ar. Antes de sentarem-se à mesa, o gesto do lava-pés. Aquele que os céus não podem conter, dobra-se sobre as criaturas para lavar-lhes os pés. Os seus escutam que serão felizes na medida em que fizerem o mesmo.

♦ Uma mesa… quantas mesas em nossa vida. A mesa da casa da infância, a mesa no refeitório do local de trabalho, a mesa de festa, mesa da casa pobre, a mesa dos presidiários, a mesa para os que têm fome. Jesus esteve sentado junto a muitas mesas: na casa de seus amigos Marta, Maria e Lázaro, numa festa de casamento em Caná da Galileia, com Mateus e Zaqueu, com pecadores e prostitutas. Nossas refeições têm qualquer coisa de sagrado.

♦ Dois sentimentos tomam conta de Jesus naquela derradeira ceia. Tem certeza de sua morte iminente. Aquela seria a última taça que haveria de compartilhar com seus discípulos. Ao mesmo tempo, tem fé inquebrantável no Reino de Deus, no mundo novo que o Pai pedira que anunciasse e mostrasse com sua vida. Para isso tinha vindo.

♦ O Mestre toma pão e vinho. Alimento e bebida. Pão que lembra o maná que os judeus haviam recebido do Senhor na travessia do deserto. As palavras de Jesus são fortes: “Isto sou eu, eu sou o pão, isto é meu corpo que dado por vós, para a vida, para a vida do mundo. Esta taça é a do vinho, fruto da videira. Lembra essas videiras que produziram uvas na história deste povo ao qual vocês pertencem. Agora o vinho aponta para o sangue que derramo por todos”.

♦ No dia seguinte, na sexta-feira das dores, no alto da cruz em total abandono ele daria, efetivamente, o corpo para a vida do mundo e derramaria o sangue para que todos tivessem a vida em abundância. “Eu sou este pão. Vede: nestes pedaços de pão, eu estou me entregando por vós até o fim. Não me esqueçais nunca. Recordai-me assim: entregue totalmente para fazer chegar a vós a bênção do Reino de Deus, a salvação do Pai: isto alimentará vossas vidas” (Pagola, Grupos de Jesus, Vozes, p. 284).

♦ “No núcleo desta ceia há algo que jamais deve ser esquecido: seus seguidores não ficarão órfãos. A morte de Jesus não poderá romper sua comunhão com ele. Ninguém há de sentir o vazio de sua ausência. Seus discípulos não ficarão sós, à mercê dos avatares da história. No centro de toda comunidade cristã que celebra a Eucaristia está Cristo vivo. Aqui está segredo de sua força” (Pagola João, p.108).

♦ Os discípulos de Jesus experimentam particular alegria em poderem celebrar Eucaristia, renovar a ceia. Chegam de suas casas, com suas histórias, seus acertos e desacertos. Não querem ser excluídos da presença do Senhor na Palavra de vida. Sabem que nos gestos e palavras da Eucaristia atualiza-se o amor do Salvador. Entram em comunhão com seu corpo glorioso. Os que se aproximam da mesa da Eucaristia fazem uma só realidade com Cristo. Comungam seu destino de homem do serviço, do amor, da esperança. Como são belas as Eucaristias dos domingos! Dizem com Cristo: meu corpo existe para a vida do mundo.

♦ Os discípulos alimentam-se com a vida de Jesus, vão se impregnando do Evangelho, renovam sua convicção que seu viver será sempre um viver de serviço. Cada Eucaristia lhes dá nova dose de esperança. E continuam a se reunir até que ele venha.


Creio em Jesus

Creio em Jesus. Creio em Jesus.
Ele é meu amigo, é minha alegria, é meu amor.
Ele é meu Salvador.
Ele bateu à minha porta, me convidou a segui-lo.
Seguirei seus passos, levarei sua mensagem de paz.
Ele ajudou o enfermo. Atende ao pedido feito com confiança.
Defendeu o humilde; combateu a mentira e o mal.
Dia e noite creio em Jesus.
Ele está do meu lado, creio em Jesus.
Sigo suas palavras, creio em Jesus.
Ele é meu Salvador.
Ele é o Messias, sigo Jesus.
Ele é minha esperança, creio em Jesus.
Ele vive para sempre, espero em Jesus.
Ele é meu Salvador

(C. Erdozain).

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