Semana de Oração pela Unidade Cristãs começa neste domingo (16)

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Paz e Bem.

Promovida mundialmente pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e pelo Conselho Mundial de Igrejas, a Semana de Oração pela Unidade Cristã acontece desde 1968, em períodos diferentes nos dois hemisférios. No hemisfério Sul, as Igrejas geralmente celebram a Semana de Oração no período de Pentecostes (como foi sugerido pelo movimento Fé e Ordem, em 1926), que também é um momento simbólico para a unidade da Igreja. No Brasil, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) lidera e coordena as iniciativas para a celebração da Semana em diversos estados.

A Semana de Oração pela Unidade Cristã (SOUC) deste ano será celebrada de 16 a 23 de maio, e por conta da  pandemia do coronavírus, foram necessárias algumas mudanças, pelo segundo ano consecutivo, para que todos e todas celebrem a unidade com segurança. O CONIC-ES preparou uma programação online que será transmitida em todas as redes sociais do Convento da Penha.

Baseado na passagem de João 15,5-9, o tema deste ano é “Permanecei no meu amor e produzireis muitos frutos”. A Comunidade Monástica de Grandchamp foi a responsável por escolher o tema e redigir uma proposta de texto-base. O texto bíblico permitiu às irmãs partilhar a experiência e a sabedoria da vida contemplativa no amor de Deus, e falar do fruto desta oração: uma comunhão mais estreita com os irmãos e irmãs em Cristo e uma maior solidariedade com toda a criação. No país, o material da SOUC foi adaptado pelo Conselho Amazônico de Igrejas Cristãs (saiba mais aqui).

No Convento da Penha, ao longo da Semana de Oração, vamos publicar materiais que irão servir de inspiração e incentivo à unidade. Já está disponível, a partir da noite deste sábado (15) (clique aqui para assistir) o Culto Ecumênico de Abertura da Semana de Oração pela Unidade Cristã. De segunda até a próxima sexta, representantes das Igrejas irmãs participarão das celebrações das 15h na Capela do Convento. Além de exortarem, os líderes religiosos vão refletir os textos bíblicos sugeridos pelo CONIC, pedindo a Deus pelo fim da pandemia. Esse será o segundo ano consecutivo que a SOUC terá programação no Convento.


A oferta da SOUC simboliza o comprometimento das pessoas com o ecumenismo. É uma forma concreta de mostrar que acreditamos realmente na unidade dos cristãos (João 17:21). Os frutos das ofertas doadas ao longo da Semana são distribuídos, anualmente, da seguinte maneira: 40% para a representação regional do CONIC (onde houver), que é destinado a subsidiar reuniões e atividades ecumênicas locais, e 60% para o CONIC Nacional, para projetos de maior alcance.

Vale lembrar que a oferta faz parte da celebração, logo, reserve um momento da liturgia para realizá-la. É um momento de gratidão pelas coisas boas que recebemos de Deus. Ofertas também poderão ser recolhidas nos encontros temáticos, durante a Semana.

Conta para depósito da coleta:

Banco do Brasil
Agência: Agencia 1802-3
Conta Corrente: 125615-7
Favorecido: Odete Liber


A arte escolhida foi enviada pelo estudante do curso de filosofia Carmelino Antonio Ramires Neto. Residente do estado do Pará, ele compartilhou a explicação que deu para sua arte:

A paisagem do cartaz é típica da Amazônia. O fundo, em cores arco-íris, simboliza a diversidade cultural e religiosa presente nesta região. Temos o Tema entre dois traços indígenas e, ao lado direito superior, a Sumaumeira, árvore típica da Amazônia – que é considerada a mãe da floresta por ser grande, cobrir muitas outras arvores e possuir uma raiz bem firme.
A Sumaumeira produz uma castanha, e esses frutos são os dois rostos que estão no cartaz. Liza Guidicelly, uma jovem mãe, mulher, marajoara, traços indígenas, congregante em uma igreja evangélica, considerada por sua igreja como missionária.
Ao lado dela temos o Tarcísio, jovem, negro, com traços africanos, católico, com grande apreço pelas religiões de matriz afro, conhecido nas redes sociais pelo orgulho de sua cor e suas raízes.
Com esses dois rostos, represento todo o povo amazônico, homens, mulheres, jovens, anciãos, negros, pardos, indígenas, brancos.
Abaixo deles, temos uma floresta de açaizeiros e casas ribeirinhas, muito comum na Amazônia. Os tons de verde e tamanhos diferentes mostram a particularidade de cada um que, juntos, formam uma bela harmonia na paisagem. Porém, ao lado esquerdo dessa paisagem, temos o fogo, que é consequência da ganância do homem por poder, dinheiro e fama. Esse fogo, muitas vezes, é a falta de diálogo e tolerância.
Ainda temos um rio, [que] para muitos é uma rua, uma extensão da casa. É onde se passam muitas histórias, traz alimento, seja por barcos ou seja pela pesca. É testemunho de muitas alegrias e injustiças, como a extração ilegal de madeira e o desmatamento desenfreado.
Ainda há ali uma balsa de madeira, cena típica, um jovem que rema uma canoa com uma mulher à frente – o casco é quase da mesma cor do rio. Na rotina do ribeirinho, se tornam quase a mesma coisa: a canoa, o rio o ribeirinho, por vezes, são um só.
A arte também traz elementos do folclore da Amazônia: a Matinta Perera entre as casas; o Boto de costa para rio indo em direção às casas ribeirinhas; a Cobra Grande, lenda presente em muitas cidades da região que dizem estar abaixo da cidade e que quando ela se mexer a cidade afundará. Em Belém, fala-se dela estar com a cabeça embaixo da Igreja da Sé, do mesmo lugar de onde sai o Círio. Por isso, a Cobra Grande é representada saindo de dentro da corda.
Na parte inferior da imagem, temos a Corda da Berlinda, sinal de unidade. Na corda do Círio, as pessoas se unem, vêm de diversos lugares, culturas, etc. Nela não há divisão.
Na base inferior e superior temos traços indígenas, conhecidos por alguns como Gregas Marajoaras, por serem encontrados em artefatos deixados por índios daquela região.

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