Paz e Bem.
Quem acompanha a vida e missão dos franciscanos do Convento da Penha, especialmente os fiéis que são “superfãs” do Convento nas redes sociais, já se acostumaram a repetir um bordão: Toda Terça Tem Terço em Família! Esse título que já se consolidou, teve seu início lá nos primeiros meses da pandemia em 2020, quando o então Guardião Frei Paulo Roberto Pereira – e hoje Ministro Provincial-, estimulou uma maior participação dos devotos de Nossa Senhora da Penha.
A ideia inicial era que as transmissões não fossem apenas “alguém transmitindo e outro assistindo”, não. Foi criado um mecanismo, uma “logística” para que os fiéis participassem de forma interativa e dinâmica daquilo que estava sendo exibido na tela do smartphone, tablet, computador ou smartv. A pandemia chegou aos níveis controláveis, mas algumas marcas continuam, como o encontro de todas as terças-feiras das famílias com a fraternidade do Convento.
Na noite de ontem (28/02), Frei Paulo César Ferreira e o músico Jaime Soares meditaram as Sete Dores de Nossa Senhora. Neste tempo da Quaresma, dentro do itinerário cristão com o Senhor, os fiéis são chamados a meditar sete momentos em que o coração de Nossa Senhora se encheu de dor e aflição. Essa devoção antiga iniciada pelos Monges Servitas e difundida por Santo Afonso Ligório, que buscava difundir a veneração à Mãe dolorosa.
Por causa de seu amor pela Paixão de Cristo e pela missão corredentora de Maria aos pés da Cruz, Santo Afonso quis que os todos meditassem como foi o sofrimento da Mãe ao ver seu Filho Jesus passar pela Via-Crucis, e a partir desse sentimento, representou os sete momentos bíblicos que a Virgem Santíssima passou, sendo eles: 1) Profecia de Simeão (Lucas 2, 34-35); 2) A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mateus 2, 13-21); 3) A perda do Menino Jesus no templo (Lucas 2, 41-51); 4) Encontro com Jesus caminhando para o Calvário (Lucas 23, 27-31); 5) A morte de Jesus na Cruz (João 19, 25-27); 6) Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz (Mateus 27, 55-61); 7) Maria deposita o corpo Jesus no sepulcro (Lucas 23, 55-56).
Em dois momentos do ano, a Igreja comemora as dores da Santíssima Virgem. O primeiro é o da Semana Santa e o do dia 15 de setembro, no entanto, já no século oitavo os escritores eclesiásticos falavam da “compaixão da Virgem”, fazendo referência a participação da Mãe de Deus nas dores do Crucificado. Os monges servitas tinham uma profunda devoção às dores de Maria e começaram a difundir essa devoção em 1617.
Ao som de “Maria foi quem me ensinou a viver, Maria foi quem me ensinou a sofrer” (Eu Canto Louvando Maria), teve início a oração da última terça. Frei Paulo César fez um resgate histórico sobre a origem da devoção das Sete Dores, na sequência apresentou as intenções e preces para o momento orante, especialmente pelos doentes, acamados, gestantes, enlutados, jovens vocacionados e estudantes, pela paz no mundo e pelas intenções do Santo Padre.
Ao final, Frei Paulo voltou a oferecer uma prece de ânimo aos doentes. “Estamos rezando por vocês, pela família de vocês, especialmente a você que anda desanimado, desesperado… Quantos que se sentem desalentados, desanimados, desesperados, com muitas dificuldades em famílias. Rezamos pelos cuidadores, às vezes pessoas sozinhas a cuidar de parentes, pessoas acamadas, idosos, doentes. Também pelos idosos, doentes, acamados, convalescentes… Ânimo, coragem! Os freis da Penha rezam por vocês”, em seguida, lembrou que neste tempo quaresmal, os fiéis são convidados a meditar as Sete Dores de Nossa Senhora. “Rezamos Sete Ave Marias sete vezes, é assim que se reza essa devoção iniciada pelos servitas” concluiu.
Assista a oração na íntegra abaixo: