Província Franciscana da Imaculada celebra 347 anos de história

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Paz e Bem!

A Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, da qual o Convento da Penha faz parte, celebra hoje, dia 15 de julho, 347 anos de história.

No dia 15 de julho de 2021, quando a Ordem dos Frades Menores celebra a festa litúrgica de São Boaventura de Bagnoregio (1217-1274), a nossa Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil festeja mais um ano de existência.

Foi no dia 15 de julho de 1675 que o Papa Clemente X, mediante a Bula Pastoralis Officii, erigiu oficialmente a Província da Imaculada Conceição do Brasil, desmembrada da Província de Santo Antônio do Brasil, esta erigida como Província no dia 24 de agosto de 1657.

A Província da Imaculada Conceição do Brasil, ao ser criada, contava com 10 conventos. O mais antigo era o Convento São Francisco, em Vitória-ES (foto de capa), construído em 1591. Desse Convento só permanece parte da fachada e algumas ruínas, local da atual Cúria da Arquidiocese de Vitória. O segundo Convento, sem dúvida o mais importante da nova Província da Imaculada Conceição do Brasil, é o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, construído em 1608. Este Convento foi a Sede Provincial por dois séculos, bem como o principal centro de formação dos frades nos estudos da filosofia e da teologia, chegando a ter uma das mais ricas bibliotecas do Brasil.

Os demais conventos da nova Província, por ordem de sequência, foram: Convento Santo Antônio de Santos, SP, 1640; Convento São Francisco em São Paulo, SP, 1642; Convento São Boaventura em Macacu, RJ, 1649 (em ruínas); Convento de Nossa Senhora da Penha, ES, 1650; Convento São Bernardino em Angra dos Reis, RJ, 1650 (ruínas); Convento Nossa Senhora da Conceição em Itanhaém, SP, 1654 (ruínas); Convento Nossa Senhora do Amparo em São Sebastião, SP, 1658, e Convento Santa Clara em Taubaté, SP, 1674, convento que atualmente pertence aos Frades Capuchinhos.

Poucos anos após sua criação, a Província da Imaculada Conceição construiu outros três conventos, a saber: o Convento de Nossa Senhora dos Anjos em Cabo Frio, RJ, 1686 (ruínas); o Convento São Luís, em Itu, SP, 1691 (ruínas); e o Convento do Bom Jesus, na ilha do Bom Jesus, na Baía da Guanabara, RJ, 1704 (ali foi construído um hospício).

O que representou a presença franciscana nesses conventos? Quais atividades apostólicas que se evidenciaram a partir desses conventos?

Respondendo em palavras breves, esses conventos, antes de tudo, foram centros de irradiação do próprio carisma franciscano, com atividades apostólicas muito bem definidas que aqui destaco: a catequese entre os índios, as missões nas aldeias, a educação e o ensino elementar ministrado pelos frades nas escolas gratuitas do interior; a pastoral entre os escravos africanos nos portos e nas fazendas; as jornadas missionárias das zonas auríferas de MG e GO para a pacificação dos mineradores, além do atendimento ordinário nas igrejas e portarias conventuais. Como protótipos desta presença e atividades franciscanas, sem dúvida alguma merecem destaques Frei Pedro Palácios em Vila Velha, Frei Galvão ou Santo Antônio de Sant’Ana Galvão, entre outros.

O período do florescimento da Província durou cerca de 100 anos, quando uma forte crise abalou os Frades Menores, advinda do Decreto de Marquês de Pombal (1764) proibindo a recepção de novos membros na Ordem dos Frades Menores. Este decreto, contudo, foi revogado em 1777. Mas o auge da crise começou com o decreto de 18 de maio de 1855, que proibiu a recepção de noviços para todas as ordens religiosas no Brasil. Esta campanha antirreligiosa desencadeada pelo Império Brasileiro fez com que a Província de Santo Antônio se reduzisse a apenas nove frades e a nossa Província da Imaculada Conceição a um único frade, Frei João do Amor Divino Costa (foto ao lado), que residia no Convento Santo Antônio do Rio de Janeiro.

Se a escravidão foi abolida em 1888, os franciscanos e as demais ordens religiosas continuaram a clamar junto ao governo brasileiro pela liberdade espiritual que continuava sendo escravizada. Somente aos 07 de janeiro de 1890, extinguindo o padroado, a circular de 18 de maio de 1855 que proibia a entrada de noviços e ordens religiosas aqui no Brasil perdeu sua validade. Por isso, depois de várias tratativas entre a Cúria Geral e a Santa Sé, a Província da Santa Cruz da Saxônia (Alemanha) aceitou o desafio de enviar novos missionários franciscanos ao Brasil.

Assim, no dia 10 de julho de 1891 chegaram ao Brasil, ou mais precisamente no vilarejo de Teresópolis, SC, os quatro pioneiros da restauração da Província da Imaculada, a saber: Frei Armando Bahlmann, Frei Xisto Maiwes, Frei Humberto Themans e Frei Maurício Schmalor.

Celebremos com alegria este dia, com memória agradecida por todos aqueles que construíram esta história e com o coração repleto de esperança para o futuro. Que a Imaculada Conceição interceda por todos nós!


Clique no link abaixo e confira um especial com a história da Província, publicado no site franciscanos.org.br

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