Com pedido de paz, as pastorais sociais da Arquidiocese de Vitória também se uniram para celebrar, na manhã desta segunda-feira (13), o dia de Nossa Senhora da Penha no Campinho do Convento da Penha.
Logo no início da celebração, todos foram convidados a abraçar o irmão ao lado, saudando-lhe com a paz. O padre Anderson Gomes, coordenador de pastoral e presidente da celebração, também falou sobre a paz. Ele lembrou o índice de violência no Espírito Santo, que chega a 39 homicídios a cada 100 mil habitantes, enquanto a média do Brasil é de 20 por 100 mil. “A nossa sociedade pede um tempo de reflexão. Não soubemos lidar com o crescimento desordenado da nossa população, e isso reflete na violência existente hoje”.
Com base no documento da Campanha da Fraternidade deste ano, Pe. Anderson refletiu sobre a necessidade do diálogo entre Igreja e sociedade. Segundo ele, a Igreja, através das pastorais sociais, assume um papel que deveria ser de competência do Estado. “A Igreja presta assistência aos necessitados e oferece atendimento aos doentes, pelo fato de assumirmos a nossa condição de cristãos comprometidos com o bem do próximo. Devemos olhar o exemplo de Jesus que veio para servir, usa todo o seu poder se colocando a serviço”.
Para ele, a sociedade precisa de uma reforma completa em suas estruturas para que a mudança aconteça, pois sem uma família e sem um sistema político eficaz, a sociedade irá à falência. “Estamos aqui para suplicar a Deus que nos ensine a ser família e nos organizarmos em sociedade. A Igreja pede, clama, nós não podemos perder a esperança. Nosso papel é rezar para que as famílias sejam santuário da paz”.
Durante a manhã, os fiéis foram convidados a assinarem o documento pela reforma política, liderado pela CNBB e outras 100 entidades, entre elas a OAB.
Ao final da celebração, as pastorais sociais foram representadas por suas bandeiras, e uma família carregou a bandeira da paz, simbolizando o tema da Festa da Penha deste ano, “Maria, mãe da família, santuário da paz”.
Fonte: Arqudiocese de Vitória