Papa nomeia bispo natural de Cachoeiro para a diocese de Caratinga (MG)

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Paz e Bem.

A diocese de Caratinga (MG) acolherá um novo bispo: O cachoeirense Dom Juarez Delorto Secco, atualmente bispo auxiliar do Rio de Janeiro. Ele foi nomeado pelo Papa Francisco, que aceitou a renúncia apresentada por Dom Emanuel Messias de Oliveira, agora bispo emérito.

Nascido em Cachoeiro, Dom Juarez dedicou sua vida à igreja. “Quero agradecer a Deus pelo meu chamado, minha família e pela Diocese de Cachoeiro, que tanto amo. É uma alegria grande para todos nós”, disse.

A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) agradeceu pelo trabalho pastoral desenvolvido por Dom Emanuel, que completou 75 anos em abril passado e por 12 anos esteve à frente da diocese de Caratinga. A entidade também saudou Dom Juarez pela nova missão.

“Saudamo-lhes, com muita alegria, por sua nomeação ao governo pastoral da diocese de Caratinga, em Minas Gerais. Exortamos para que o senhor, em sua mais nova missão, deixe-se conquistar pelo Espírito, invocando-o todos os dias. E que o Espírito Santo seja o princípio de seu ser e de seu agir; que Ele esteja no início de sua atividade, encontro, reunião e anúncio”, diz um trecho da nota.

A presidência da CNBB enviou nota de agradecimento a dom Emanuel Messias de Oliveira e saudação a dom Juarez Delorto Secco. 

Saudação a dom Juarez Delorto Secco 

Estimado irmão no episcopado, dom Juarez Delorto 

Saudamo-lhes, com muita alegria, por sua nomeação ao governo pastoral da diocese de Caratinga, em Minas Gerais. Exortamos para que o senhor, em sua mais nova missão, deixe-se conquistar pelo Espírito, invocando-o todos os dias. E que o Espírito Santo seja o princípio de seu ser e de seu agir; que Ele esteja no início de sua atividade, encontro, reunião e anúncio. 

“Com Ele não devemos ter medo, porque Ele, que é harmonia, mantém sempre unidas a criatividade e a simplicidade, suscita a comunhão e envia em missão, abre à diversidade e reconduz à unidade. Ele é a nossa força, o sopro do nosso anúncio, a nascente do zelo apostólico” (Papa Francisco Francisco, em Audiência Geral do dia 6 de dezembro). 

Desejamos que, guiado pela ação do Espírito em sua vida, possa empenhar-se com criatividade e simplicidade na missão confiada, anunciando com alegria a misericórdia infinita do Senhor.  

Que Deus o abençoe,

Em Cristo, 

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Presidente da CNBB 

Dom João Justino de Medeiros da Silva
Arcebispo de Goiânia (GO)
1º Vice- Presidente da CNBB 

Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa
Arcebispo de Olinda e Recife (PE)
2º Vice-Presidente da CNBB 

Dom Ricardo Hoepers
Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília (DF)
Secretário-Geral da CNBB 

Biografia de dom Juarez Delorto Secco 

Dom Juarez nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, em 4 de julho de 1970. Formado em Filosofia e Teologia é também bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Cachoeiro do Itapemirim (FDCI). Possui especialização em Processo Matrimonial Canônico pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e também em Formação de Educadores, promovido em convênio com a Escola de Formadores da Organização dos Seminários e Institutos do Brasil (Osib – SC), com sede em Florianópolis (SC). 


Desejo que D. Juarez, ao assumir sua missão continue seguindo a vida espiritual que leva com muita seriedade recordando as três características que o Papa Francisco pede ao Bispo:

1. Homem de oração. O Santo Padre explicou que um bispo é sucessor dos Apóstolos e, como os Apóstolos, é chamado por Jesus a estar com Ele, por isso, “diante do tabernáculo aprende a entregar-se e a confiar no Senhor”, porque é onde “encontra a sua força e a sua confiança”. “Assim amadurece n’ele a consciência de que também de noite, quando dorme, em meio ao cansaço e suor no campo que cultiva, a semente amadurece.  A oração para o bispo não é uma devoção, mas uma necessidade; não é mais uma tarefa entre outras, mas um ministério de intercessão indispensável: deve todos os dias, as pessoas e as situações diante de Deus”, sublinhou o Pontífice.

2. Homem de anúncio. O Papa indica também que o bispo, sucessor dos Apóstolos, “recebe como próprio o mandato que Jesus deu a eles: ‘Ide e anunciai o Evangelho’”. “‘Ide’: o Evangelho não se anuncia estando sentado, mas pondo-se em caminho. O bispo não vive em escritório, como um administrador empresarial, mas no meio do povo, pelas estradas do mundo, como Jesus. Leva o seu Senhor onde não é conhecido, onde é desfigurado e perseguido”. Sobre o estilo do anúncio, pediu aos prelados: “Testemunhar com humildade o amor de Deus, como Jesus fez, que por amor se humilhou”.

3. Homem de comunhão. Outra característica proposta pelo Papa aos bispos é que sejam homens de comunhão. “O bispo não pode ter todos os dons, o conjunto dos carismas, mas é chamado a ter o carisma do conjunto, ou seja, a manter unidos, a cimentar a comunhão”. “O Pastor reúne: bispo para seus fiéis, é cristão com seus fiéis. Não faz notícia nos jornais, não busca o consenso do mundo, não tem interesse em tutelar o seu bom nome, mas ama tecer a comunhão envolvendo-se em primeira pessoa e agindo com mansuetude”. “Não sofre de falta de protagonismo, mas vive radicado no território, rejeitando a tentação de ausentar-se frequentemente da Diocese e foge da busca de glórias para si”, acrescentou o Papa. Finalmente, o Papa pediu aos bispos que sempre recebam e encorajem seus sacerdotes; promovendo o bom exemplo e fugindo do clericalismo”.


Dom Juarez Delorto Secco

Filiação: Alfredo Secco e Marcelina Delorto Secco
Data de Nascimento: 04/07/1970
Naturalidade: Cachoeiro de Itapemirim, ES

Ordenação Diaconal: 12/11/2000, por Dom Luiz Mancilha Vilela, SSCC, Bispo de Cachoeiro de Itapemirim, na Igreja São Geraldo Magela, na Diocese de Cachoeiro de Itapemirim
Ordenação Presbiteral: 10/03/2001, por Dom Luiz Mancilha Vilela, SSCC, Bispo de Cachoeiro de Itapemirim, na Igreja São Felipe, na Diocese de Cachoeiro de Itapemirim
Eleição Episcopal: 07/06/2017, para Bispo Titular de Vegesela de Numidia e Auxiliar de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Ordenação Episcopal: 09/09/2017, pelo Cardeal Orani João Tempesta, O.Cist, Arcebispo do Rio de Janeiro, na Diocese de Cachoeiro de Itapemirim, sendo co-ordenantes Dom Luiz Mancilha Vilela, SSCC, Arcebispo de Vitória, e Dom Dario Campos, OFM, Bispo de Cachoeiro de Itapemirim

Formação Escolar / Eclesiástica:

Seminário Prepedêutico – Seminário Bom Pastor, em Cachoeiro de Itapemirim, ES
Filosofia – Seminário Bom Pastor, em Cachoeiro de Itapemirim, ES
Teologia – Instituto de Filosofia e Teologia da Arquidiocese de Vitória – IFTAV
Seminário Maior – Seminário São João Maria Vianney
Bacharel em Direito Civil – Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim (FDCI)
Especialização em Processo Matrimonial Canônico – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Especialização em Formação de Educadores – Convênio com a Escola de Formadores da Organização dos Seminários e Institutos do Brasil – OSIB – Sul IV e da Conferência dos Religiosos do Brasil – CRB-SC, com sede em Florianópolis, SC

Como presbítero exerceu os seguintes ofícios na Diocese de Cachoeiro de Itapemirim

Pároco da Paróquia São Miguel Arcanjo, no município de Guaçuí (2001-2008)
Vigário Paroquial na Paróquia Nossa Senhora das Dores (2006)
Membro do Conselho Presbiteral (2007-2011 / 2016-2017)
Pároco da Paróquia São Sebastião, no bairro Aquidaban (2008-2010)
Membro do Serviço de Animação Vocacional (SAV) (2008-2017)
Chanceler da Cúria Diocesana de Cachoeiro de Itapemirim (2010-2017)
Pároco da Paróquia Catedral São Pedro de Cachoeiro de Itapemirim (2010-2017)
Vice-Reitor do Seminário Maior São João Maria Vianney (2012-2017)
Juiz Auditor da Câmara Eclesiástica da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim (2013-2016)
Membro do Conselho Nacional do Prado (2015-2017)
Defensor do Vínculo na Câmara Eclesiástica de Cachoeiro de Itapemirim (2015-2017)
Coordendor do Regional II da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim (2016-2017)

Como Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro exerceu ou exerce os seguintes ofícios:

Vigário Geral na Arquidiocese do Rio de Janeiro (nomeado em outubro de 2017)
Bispo Referencial do Vicariatos Leopoldina e Suburbano (nomeado em janeiro de 2018)
Bispo Referencial da Pastoral Vocacional (nomeado em janeiro de 2018)
Bispo Referencial dos Ministérios do Acolhimento (nomeado em janeiro de 2018)
Bispo Referencial dos Ministérios do Acolhimento, da Visitação e da Consolação e Esperança (nomeado em janeiro de 2018)
Bispo Referencial dos Movimentos leigos (nomeado em janeiro de 2018)
Bispo Referencial das Comunidades Eclesiais de Base (nomeado em janeiro de 2018)
Bispo Referencial dos Círculos Bíblicos (nomeado em janeiro de 2018)
Moderador da Cúria Metropolitana do Rio de Janeiro (nomeado em março de 2019)
Presidente da Comissão Arquidiocesana para a Tutela de Menores e Pessoas Vulneráveis (nomeado em março de 2020)

BRASÃO DE DOM JUAREZ DELORTO SECCO

Descrição Heráldica:

Escudo partido. O primeiro campo em goles (vermelho) contendo um jarro e uma bacia em ouro (amarelo) e uma toalha branca ao natural apoiada na bacia; o segundo em azul contendo a letra M encimada por uma cruz, ambos em prata. O escudo está pousado sobre uma cruz episcopal processional de ouro. Encimando o conjunto, o chapéu eclesiástico com seus cordões terminados em cada lado por seis borlas, na posição um, dois e três, tudo em sinopla (verde). Sob o conjunto, um listel de prata, forrado de goles, brocante sobre a ponta da cruz, com a divisa “MANETE CARITATE MEA” escrita em letras maiúsculas em sable (negro).

Justificativa heráldica

As palavras latinas escritas no listel “MANETE CARITATE MEA” transliteram-se em português “Permanecei no meu amor”, de Jo 15,9, parte central do testamento que Jesus Cristo deixou aos apóstolos na última ceía, depois de instituir o sacerdócio da Nova Aliança e a Eucaristia.

O fundo vermelho do primeiro campo simboliza os apóstolos e mártires, que seguiram a Cristo em sua oblação de amor, indicando particularmente São Pedro e São Felipe apóstolos, devoções pessoais de Dom Juarez por serem respectivamente patronos de sua diocese e paróquia de origem, em Cachoeiro de Itapemirim. O conjunto formado por jarro, bacia e toalha retoma o gesto do lava-pés, pelo qual Cristo, na última ceia, uniu ao sacrifício eucarístico o serviço humilde como expressão de amor aos irmãos: “também vós deveis lavar os pés uns aos outros” (Jo 13,14).

O azul ao fundo do segundo campo é a cor devocional mariana; a letra M encimada pela cruz significa a Virgem Maria conforme a medalha cunhada por Santa Catarina Labouré. Assim se recorda a Mãe de Deus, Senhora da Penha, padroeira do Estado do Espírito Santo, e Senhora do Amparo, copadroeira da diocese cachoeirense. Maria é ícone e modelo da Igreja servidora, que, com seu fiat ao projeto salvador de Deus, torna-se Mãe de todos os discípulos que querem “permanecer no amor” de Cristo.

O conjunto formado pelas peças cruz processional episcopal, chapéu, cordas e borlas significa que o dono do brasão pertence ao grau hierárquico episcopal.

Fontes: Vatican News – Diocese de Cachoeiro – CNBB

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