Padre Juliano: “A nossa vida é o bem mais precioso que temos”

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Paz e Bem.

A Santa Missa das 15 horas, celebrada na Capela do Convento da Penha, foi predida pelo Padre Juliano do Nascimento Machado, sacerdote ordenado na manhã de ontem (22), na Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, em Guarapari-ES. O neopresbítero subiu ao Santuário de Nossa Senhora da Penha com o coração agradecido e repleto de emoção, celebrando pela segunda vez o memorial do Santo Sacrifício como padre.

O Padre Rafael Martins, amigo e irmão de presbiterato, concelebrou a Eucaristia. Os freis do Convento fizeram a acolhida aos padres. Padre Juliano é da Paróquia São José, Guarapari e entrou no seminário Arquidiocesano Nossa Senhora da Penha em 2015. Tem uma história muito próxima com a Virgem das Alegrias, tendo participado de várias Festas da Penha e proximidade com os franciscanos.

Na homilia, Padre Juliano iniciou ressaltando o sentimento que todo cristão católico precisa ter. “Quando batizados, todos nós nos tornamos homens e mulheres de luz. Podemos até não perceber, mas há em nós uma luz e essa luz não pode ficar escondida, ela precisa ser, de fato, vislumbrada para aqueles homens e mulheres que ainda não encontraram a luz plena. Para sermos luz de Cristo, precisamos nos conectar a Cristo, estar conectados a Ele. Porque se quisermos uma luz própria para brilhar, não é Cristo que vai aparecer, sou eu. Como cristãos, não devemos deixar o ‘eu’ falar por nós, não podemos deixar a minha luz resplandecer, mas sim Cristo. É Ele que me conduz, Ele que deve ser manifestado por meio de minhas palavras, mas principalmente pelas minhas ações”, exortou.

“Há homens com muita sabedoria, mas de pouca ação. Como seguidores de nosso Senhor, nossas palavras devem ser condizentes com nossas ações, por isso São Francisco de Assis diz: ‘vá evangelizar, se for preciso, use palavra’. Porque o meu testemunho de vida vai dizer muito mais. Diante do nosso batismo, muito nos foi dado, afinal de contas, deixamos de ser criaturas e passamos a ser filhos e filhas de Deus, vejam que maravilha. Olha que tão sublime é isso para nós. Muitas vezes, por nossa ganância, deixamos isso de lado. A nossa vida é o bem mais precioso que temos, por isso que a Igreja sempre nos orienta e confirma para nós: ninguém tem o direito de tirar a sua vida própria vida, nem a vida do outro. Por mais pobres que sejamos, temos algo muito importante e valioso. É a nossa vida. Nossa vida não deve ser vivida de qualquer maneira, deve ser uma vida justa, que caminha diante do Senhor, que resplandece a face amorosa, misericordiosa e acolhedora, principalmente nos dias de hoje que nos pede cada vez mais que o ‘eu’ se sobressaia ao ‘nós’. Quantos de nós caímos na tristeza de querer sobressair diante das coisas, de querer vanglória para nós?”, refletiu o neopresbítero.

Padre Juliano também contou o pedido que o Arcebispo de Vitória, Dom Dario Campos, fez no momento de sua ordenação. “Ontem, quando Dom Dario me confirmava no segundo grau da ordem, ele dizia para mim: o sacramento que estava recebendo naquele momento não era para mim, era para ser colocado em favor dos irmãos e irmãs necessitados, não somente os necessitados do pão de cada dia, mas o Pão da Vida. Nossa vida não é para nós, é para o outro”, revelou.

Sobre a liturgia da Palavra, o jovem padre destacou o Salmo Responsorial. “‘O justo habitará no monte santo do Senhor’. Qual é este monte santo que devemos almejar? É o céu. Se queremos o céu, devemos ser mulheres e homens justos. Justos são aqueles que, não apenas ouvem, mas colocam em prática. Sejamos lâmpadas do Senhor, luz do Senhor que deve resplandecer em nossas palavras, em nossas ações. O céu não é para mim apenas, é para todos nós. Por isso que o Senhor pede que nos amemos”, concluiu.

Padre Juliano escolheu como lema de ordenação: “Quem põe a mão no arado e olha para trás, não é apto para o Reino de Deus” (Lucas 9,62) e passou experiências missionárias em Conceição do Araguaia no Pará, onde viu de perto o dia a dia dos ribeirinhos, onde a Arquidiocese de Vitória atua junto com outras pastorais e movimentos da Igreja Católica.

Ao final da Missa, Padre Juliano agradeceu a oportunidade de presidir a Santa Missa na Casa da Virgem da Penha, aos fiéis, ao Padre Rafael, ao Seminarista Pedro Gouveia e aos freis. E por fim, concedeu a bênção de Nossa Senhora da Penha.


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