Nossa história: o Altar de Sant’Ana no interior da Capela

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Paz e Bem!

Na nossa série de reportagens especiais de todas as sextas-feiras, onde conhecemos um pouco da história do Convento da Penha, fatos e momentos que “Aconteceram na Penha”. Como estamos nos aproximando da Festa de São Joaquim e Santa Ana, pais de Nossa Senhora e avós de Jesus, selecionamos um cantinho especial no interior da Capela do Convento: O Altar de Santa Ana (Altar de Santana ou Sant’Ana).

Por conta da pandemia, o acesso ao interior da Capela continua restrito, no entanto, em tempos normais os visitantes que entravam para rezar, se atentavam noutros espaços, como o Altar (retábulo) principal que abriga a Imagem original de Nossa Senhora da Penha encomendada em 1568 ou ainda os encantos da vista panorâmica, e a visão à esquerda do olhar do visitante, assim que entra na Capela, às vezes passa até despercebida.

O Retábulo de Santana foi construído em 1865, alguns anos depois em que a Capela foi erguida no alto da montanha. De acordo com alguns historiadores, este local foi por alguns anos o altar principal onde as Missas eram celebradas, prova disso é a capelinha do Santíssimo (sacrário) que até os dias atuais é utilizada em festas e solenidades. Ainda segundo informações históricas, com a intervenção e ampliação da Capela e do Altar-Mor, o Altar de Santa Ana passou a ser ainda mais utilizado. Até por volta do ano de 1650, quando o Altar com a Imagem de Nossa Senhora da Penha ficou totalmente pronto.

O espaço é elaborado por formas bastante simplificadas, de estilo rococó, constituído por um painel liso com coroamento em arco pleno, nicho central envidraçado emoldurado e coroado por talha aplicada, formada por angras, elementos florais e um discreto trabalho em guilhochê. As dimensões do Altar de Santa Ana são 2,85m de largura, 4,34m de altura e 0,87m de profundidade. No centro do nicho aparece a Imagem de Santa Ana com sua filha a Virgem Maria, ladeada por arandelas de suporte de bronze e manga de vidro com tratamento jateado fosco. O Sacrário possui duas pequenas colunas torneadas e decoração da porta em relevo, representando um Ostensório central emoldurado por guirlandas de flores. A mesa do retábulo é composta por quatro pés torneados apoiados sobre base quadrangular.

Foto: Zanete Dadalto

Restauro

No dia 26 de julho de 2017, foram concluídos e entregues os trabalhos de restauração do Altar de Sant’Ana. De acordo com o restaurador Ailton Tadeu Costa, que desenvolveu o trabalho, vários procedimentos foram adotados. “Primeiro foi feita uma limpeza superficial com trinchas e pincéis, seguida da fixação de todos os ornatos com parafusos inoxidáveis, complementação das partes faltantes e reintegração com estrato de nogueira e de mogno e verniz. Para pigmentar a madeira e envernizar provavelmente tenham sido os mesmos que usaram na confecção”, explicou na época.

Todo o trabalho de restauração teve duração média de três meses e foi realizado em várias etapas de acordo com o clima e a ocasião.

Além do restaurador, o trabalho de restauração também contou com a colaboração dos funcionários da Associação dos Amigos do Convento da Penha (AACP). “No dia que a Igreja celebra Santa Ana e São Joaquim, avós de Jesus, temos a graça de apresentar o resultado da restauração do altar de Santa Ana”, comemorou na época o Guardião do Convento, Frei Paulo Roberto Pereira.

Roubo da Imagem

Em 1968 a Imagem de Nossa Senhora Menina foi roubada do Altar de Sant’Ana. Por esse fato, no nicho ficou apenas a imagem da mãe de Nossa Senhora. Só em 1975 outra imagem semelhante à primeira (e original) foi esculpida e colocada no lugar.

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